29/09/2016 08h46 - Atualizado em 29/09/2016 10h13

Espírito Santo produz os melhores cafés do Brasil

O arábica cultivado por Afonso Donizete Abreu de Lacerda, de Dores do Rio Preto, ficou em primeiro lugar.

O Espírito Santo foi o grande campeão no Concurso Coffee of the Year 2016, realizado durante a Semana Internacional do Café. Os primeiros colocados são o café Arábica de Dores do Rio Preto e o Conilon cultivado em Nova Venécia. Os produtores dos melhores cafés do Brasil recebem orientações do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistências Técnica e Extensão Rural (Incaper) e da Cooabriel em seus municípios.

O diretor-presidente do Incaper, Marcelo Suzart de Almeida, esteve no evento. “É uma grande festa da cafeicultura mundial, realizada aqui no Brasil, na qual o Espírito Santo tem excelente representatividade. Muitas vezes o produtor, na simplicidade dele, não percebe a qualidade do produto que tem nas mãos. Os especialistas identificam esse valor, atestam a qualidade e valorizam o que é produzido aqui. O resultado deste concurso é a real materialização do trabalho integrado de pesquisa, assistência técnica e extensão rural para a produção de cafés especiais, com sustentabilidade. Técnicos, parceiros e produtores estão de parabéns”.

Para o pesquisador do Incaper e coordenador do programa estadual de cafeicultura, Romário Gava Ferrão, o resultado do concurso é fruto de um esforço coletivo. “O Espírito Santo colhe o resultado de um programa integrado de pesquisa, assistência técnica e extensão rural que está sendo desenvolvido há mais de 15 anos. A melhoria da qualidade é um dos resultados esperados nas lavouras que usam o conjunto de tecnologias do Incaper. E sempre que vem uma colocação desta natureza, renova a nossa satisfação e mostra que estamos no caminho certo, que o trabalho realmente dá resultados para a sociedade”, comemorou Ferrão.

Arábica

O cafeicultor Afonso Donizete Abreu de Lacerda ficou em primeiro lugar no concurso. Ele e a esposa Altilina trabalham no Sítio Pedra Menina, na Serra do Caparaó, município de Dores do Rio Preto. Ali mesmo, na comunidade de Forquilha do Rio, eles mantém a cafeteria da família onde é servido o melhor café do Brasil.

“Não existe segredo. É só ter dedicação no processo de pós-colheita, fazer as coisas da maneira certa, com capricho. Tem que cuidar direito desde a lavoura para manter a qualidade. Ano passado a gente concorreu e ficou entre os 26 melhores. Esse a gente concorreu com outro talhão. A gente tinha confiança que esse lote tinha possibilidade de ganhar”, disse o cafeicultor.

Afonso segue os passos do pai, o também cafeicultor Onofre Alves de Lacerda. “Aqui na propriedade somos em três irmãos. Ano passado, a gente participou do concurso da Abic e ganhamos na categoria natural. Anota aí: José Alexandre Abreu de Lacerda. É o meu irmão. Foi ele que ganhou”, contou orgulhoso, denotando a união e a força da cafeicultura de base familiar do Espírito Santo.

O terceiro lugar no Concurso Coffee of the Year 2016 também é capixaba. Fábio Protázio de Abreu, filho do seu Manoel, e a esposa Hélia também são assistidos pelo Incaper. “Eles fizeram a inscrição no concurso pelo estado vizinho, Minas Gerais, porque também possuem propriedade ali. O sítio deles é muito próximo à divisa entre os dois estados, e ele adota em Minas as tecnologias que o Incaper recomenda do lado de cá da divisa”, explicou Norberto das Neves Frutuoso, chefe do Escritório Local do Incaper em Dores do Rio Preto.

“As duas famílias utilizam uma unidade de beneficiamento de café por via úmida cedida pelo Governo do Espírito Santo via Secretaria de Estado de Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag). O projeto foi desenvolvido pelo Incaper de Dores do Rio Preto, em parceria com a prefeitura”, acrescentou Frutuoso.

Outros capixabas produtores de Arábica também brilharam no Concurso Coffee of the Year 2016. Os cafeicultores Amôs José Horts, de Iúna; Edmar Zuccon, de Brejetuba e João Marcos Lopes Ferreira, de Ibatiba, conquistaram o 5°, 6° e 18° lugares, respectivamente.

Conilon

O produtor Edgar Bastianello, do Sítio Chapadinha, em Nova Venécia, ficou em primeiro lugar na modalidade Conilon. Wilson Luciano Mont Mor, do Sítio Raphalys, em Alto Rio Novo, alcançou o terceiro lugar no concurso. Os dois são sócios da Cooperativa Agrária de Cafeicultores de São Gabriel (Cooabriel). Além de Nova Venécia e Alto Rio Novo, produtores de São Gabriel da Palha, São Domingos do Norte e Jerônimo Monteiro foram classificadas entre as que produzem os 10 melhores cafés do Brasil.

 

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