24/08/2016 08h59 - Atualizado em 24/08/2016 09h30

Palma forrageira traz benefícios para a região Norte do ES

Unidade demonstrativa de Palma Forrageira em Mucurici, no Extremo Norte do Espírito Santo.

A palma forrageira é uma planta que tem como característica a alta tolerância à seca, devido tanto a sua fisiologia como a sua estrutura morfológica, e ela pode ser adaptada de forma especial para absorção, aproveitamento de água em ambientes de condições adversas, suportando longos períodos de escassez hídrica. A utilização da planta pode ser uma alternativa para municípios do Norte do Espírito Santo, que estão sofrendo com a estiagem.

Pensando nisso, os escritórios do Incaper de Mucurici e Ponto Belo, em uma ação integrada, implantaram há cerca de nove meses uma unidade demonstrativa de palma forrageira com aproximadamente três mil m², no município de Mucurici, em parceria com o produtor rural Klaus Fabianne. 

“O objetivo de divulgar essa tecnologia aos produtores rurais é sugerir o uso desta forrageira na alimentação de animais como foi proposto no planejamento de ATER dos escritórios, apresentar formas de propagação desta espécie, mostrar diferenças entre os gêneros botânicos cultivados e por fim as formas de plantio, adubação e manejo”, salientou o extensionista Felipe Lopes Neves, lotado em Mucurici.

Segundo ele, a iniciativa foi baseada em todas as condições que a planta traz atendendo às necessidades da região, além da possibilidade da implantação de uma unidade demonstrativa de palma forrageira, seguindo os princípios da Tecnologia do Cultivo Intensivo da Palma (TCIP) idealizada pelo engenheiro agrônomo e consultor técnico Paulo Suassuna, precursor da tecnologia do cultivo intensivo da palma forrageira.

Além de divulgar uma tecnologia de cultivo inovadora na região e apresentar uma alternativa para a alimentação dos rebanhos em períodos de estiagem, a unidade serve como futuro banco de raquetes semente para a propagação de novas áreas para o produtor e demais interessados que poderão adquirir raquetes para a propagação em suas propriedades.

Nesta mesma área, os técnicos do Incaper irão avaliar a produção de forragem obtida nos dois sistemas de plantio, visando à obtenção dos primeiros resultados práticos da adoção desta tecnologia no Espírito Santo e apresentar aos produtores rurais.

As espécies cultivadas da palma, tanto do gênero Opuntia (palma gigante ou azeda) como a Nopalea (palma miúda ou doce), são forrageiras muito utilizadas como alternativa ou suplementação alimentar animal em regiões semiáridas tanto no Brasil, principalmente no semiárido nordestino, como em outros países nos continentes americano, africano e asiático, seja para a alimentação animal ou humana por meio de suas estruturas chamadas de cladódios ou raquetes bem como os seus frutos conhecidos também como figo-da-índia.

Bovinos, caprinos, ovinos, suínos e seres humanos se alimentam desta forrageira estratégica e de seus frutos. A palma forrageira apresenta ainda alternativas econômicas além da alimentação humana e dos animais como a da produção de medicamentos, matéria prima para cosméticos, cercas vivas, paisagismo, conservação e recuperação de solos, entre outros.

A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) reconhece o potencial da palma e a sua importância no desenvolvimento das regiões áridas e semiáridas do mundo por meio da exploração das várias espécies existentes.

 

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Tópicos:
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