08/05/2018 12h03 - Atualizado em 08/05/2018 12h40

Ações do Incaper a favor da Mata Atlântica

Foto: Tatiana Caus/Incaper
Solenidade de Instalação do Instituto Nacional da Mata Atlântica (INMA). Foto esq. para dir.: Fabiana Ruas, Sérgio Lucena, Nara Sthefania Tedesco, Aires Ventura e Almir Bressan.

O Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) comemora a consolidação do Instituto Nacional da Mata Atlântica (INMA). Este mês o instituto passou a integrar oficialmente o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) e recebeu a designação de Instituto Nacional da Mata Atlântica (INMA), localizado no município de Santa Teresa.

O INMA tem sido um grande parceiro do Incaper, quando se trata de orientar os produtores rurais, por meio de ações de Assistência Técnica (Ater) e da Pesquisa. A exemplo disso, está o Projeto Biomas Mata Atlântica, desenvolvido pelo Incaper. O projeto foi iniciado em 2010 e é fruto de uma parceria entre a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

O projeto está presente nos seis biomas brasileiros, com a missão de pesquisar e apresentar aos produtores rurais modelos de uso da árvore com fins econômicos e ambientais. Para isso, são pesquisados arranjos utilizando o componente arbóreo que possam ser aplicados seja em Áreas de Preservação Permanente (APP), Área de Reserva Legal (ARL), ou mesmo em Áreas de Sistemas Produtivos (ASP) e Recuperação de Áreas Degradadas (RAD), a partir de ações voltadas para a difusão de técnicas e multiplicação de resultados das pesquisas.

O Incaper, por meio do Projeto Biomas e outros parceiros, tem desenvolvido pesquisas de utilização agrícola de espécies nativas da Mata Atlântica com potencial econômico, como é o caso da Aroeira (Schinus terebinthifolius), a Juçara (Euterpe edulis) e a Sapucaia (Lecythis pisonis).

A Presidente do Incaper, Nara Sthefania Tedesco, lembrou da importância de reforçarmos as parcerias, em nome da agricultura do Estado. “Hoje contamos com ambientalistas que trabalharam muito em conservação e o Incaper tem a finalidade de complementar esse diálogo, trazendo a consciência ambiental na produção, a partir das técnicas repassadas pela extensão, com o apoio da pesquisa. Os trabalhos são desenvolvidos por profissionais altamente qualificados, que destacam as potencialidades de nosso bioma, tão rico e que deve ser lembrado, sempre”, destacou.

“Um dos grandes desafios do poder público é promover a educação ambiental e científica, a maneira de contribuir para a formação dos cidadãos conscientes de suas responsabilidades sociais e da importância do conhecimento científico para a manutenção de um ambiente equilibrado. Nesse sentido, a nossa Mata Atlântica constitui um patrimônio florestal dos mais ricos, porém dos mais ameaçados também e, por isso, demanda conhecimento, interação e profundidade científica para a sua gestão”, afirmou o diretor do Instituto Nacional da Mata Atlântica, o professor Doutor Sérgio Lucena Mendes.

De acordo com a bióloga, extensionista do Incaper e coordenadora do Projeto Biomas Mata Atlântica, Fabiana Ruas, os resultados das pesquisas poderão contribuir para futuras discussões visando ao aprimoramento da legislação ambiental brasileira. “A exploração econômica dessas espécies, além de contribuir para a preservação do Bioma, garante renda adicional aos produtores rurais e estimula o interesse em preservar. Mas, é importante que o produtor adote técnicas amigáveis ao meio ambiente contribuindo para conservar os recursos da Mata Atlântica. As propriedades rurais estão permeando as unidades de conservação, sendo áreas contíguas, portanto, sem essa conexão entre as áreas, nem o produtor conseguirá produzir, nem as áreas protegidas servirão ao seu objetivo final que é a conservação das matas e mananciais hídricos”, explicou.

“A instalação do Instituto Nacional da Mata Atlântica no Estado do Espírito Santo coloca o estado numa posição central, fomentando o desenvolvimento de novas pesquisas sobre o Bioma e também o aprofundamento das atuais. O Estado torna-se, ainda mais, referência em unir esses dois vieses: preservação e produção. Além de facilitar a difusão dos trabalhos desenvolvidos em nosso Estado, incluindo as pesquisas realizadas pelo Incaper e instituições associadas”, completou Fabiana.

Já existe a possibilidade de uma parceria entre o Incaper e INMA para desenvolver ações que venham potencializar os trabalhos das duas instituições. Um projeto já foi submetido para aprovação em edital público no qual houve articulação e assinatura de carta de intenções pelo INMA, fortalecendo tal compromisso, envolvendo também outros parceiros para capacitações e demais eventos no próprio estudo dessas espécies florestais.

Biomas Mata Atlântica

O Projeto Biomas Mata Atlântica desenvolve as pesquisas, mas também realiza todos os anos eventos de difusão, ações de capacitação, como cursos e dias de campo com orientações a respeito de Sistemas Agroflorestais (SAF’s), Área Preservação Permanente, Reserva legal e cultura da Aroeira no Espírito Santo. Os experimentos de campo estão instalados na área experimental do Projeto Biomas - Mata Atlântica, localizada em propriedade particular, em Linhares, Norte do Estado, os quais tem servido de vitrine tecnológica para visitação e troca de saberes e experiências entre os diversos atores envolvidos com os temas propostos.

 

Assessoria de Comunicação

Juliana Esteves - juliana.esteves@incaper.es.gov.br
Tatiana Caus – tatiana.souza@incaper.es.gov.br
Vanessa Capucho - vanessa.covosque@incaper.es.gov.br
Texto: Tatiana Caus
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