O projeto Cores da Terra, desenvolvido no Espírito Santo por meio do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) e da Universidade Federal de Viçosa (UFV), está prestes a receber mais uma premiação. As ações realizadas junto às escolas rurais de Anchieta são finalistas da 8ª Edição do Prêmio Biguá de Sustentabilidade.
Todas as 19 escolas rurais da rede municipal contempladas no projeto finalista da premiação foram beneficiadas com ações do Instituto. A coordenadora do Escritório Local de Desenvolvimento Rural (ELDR) do Incaper em Anchieta, Jacinta Cristiana Barbosa, falou sobre o desenvolvimento do projeto nas escolas. “O Incaper capacitou professores, coordenadores, pedagogos e outros profissionais da Secretaria de Educação de Anchieta para que eles pudessem multiplicar a tecnologia social junto aos alunos”, disse.
O Incaper realizou um seminário de formação dos educadores da Educação do Campo, onde foi apresentada a proposta do Cores da Terra, os objetivos e o histórico do projeto e suas respectivas ações de pintura em parede e artesanatos desenvolvidas no Espírito Santo. Foi construído um cronograma de atividades junto às escolas do campo e demais envolvidos.
No seminário foram apresentadas informações teóricas e os detalhes do Cores da Terra, o histórico e exemplos de trabalhos desenvolvidos por todo Espírito Santo. O Incaper também ministrou oficinas, para ensinar na prática as técnicas de extração e produção das tintas à base de terra, além das formas de utilização.
Foi realizado também o curso de elaboração de tintas com cores da terra para 40 professores das escolas do campo e das escolas do Movimento de Educação Promocional do Espírito Santo (Mepes). Nos três dias de curso houve coleta das terras, com demonstração de método e procedimentos ambientais, e foram produzidas as tintas para pintura em artesanato, paredes e imobiliários. O objetivo desse curso foi formar professores multiplicadores da técnica do Cores da Terra. Cada professor ficou responsável em multiplicar, de forma interdisciplinar, junto à escola onde atua.
Além disso, foi realizado também um o curso de elaboração de tintas com cores da terra para as famílias beneficiárias do Centro de Referência de Assistência Social (Cras) seguindo todas as etapas, desde a coleta e preparo das terras.
A coordenadora de escolas do campo de Anchieta, Ana Mara Rodrigues, explicou que a implantação do “Projeto Pintando o Sete com as Cores da Terra” nas unidades de Anchieta possibilitou aos professores e alunos adquirirem conhecimentos específicos de como aproveitar a terra na fabricação de tintas para uso nas mais variadas artes desenvolvidas no âmbito escolar.
“Para o sucesso no desenvolvimento do projeto nas escolas do campo, contamos com a parceria do Incaper, que foi um grande parceiro na construção e desenvolvimento de todas as etapas do projeto. Agradeço também a parceria da economista doméstico do escritório de Anchieta, Cristiana, nos momentos de capacitado e formação dos professores. Foi ela quem nos motivou e auxiliou a submeter o projeto ao Prêmio Biguá”, declarou.
Sobre o Cores da Terra
O projeto Cores da Terra teve início em 2007, por meio de uma parceria entre o Incaper e a Universidade Federal de Viçosa (UFV). Implementado principalmente nas comunidades rurais, ensina uma técnica simples, criativas e sustentáveis, cuja matéria-prima utilizada é a terra de várias tonalidades. Quando misturada com os ingredientes água e cola, resulta em tintas de cores variadas. O material não é tóxico, apresenta boa qualidade e o custo é inferior ao da tinta convencional.
Além de embelezar a paisagem rural, pois favorece a aparência das habitações rurais, instalações comunitárias e empreendimentos turísticos, proporciona uma alternativa de renda a partir do acabamento de peças decorativas e utilitárias para serem comercializadas. Uma publicação do Projeto Cores da Terra está disponível gratuitamente na biblioteca Rui Tendinha, na sede do Incaper, em Bento Ferreira, Vitória.
O projeto de Produção de Tinta à Base de Terra para Uso em Pintura Imobiliária e Artesanato foi vencedor da edição 2009 do Prêmio Finep de Inovação da categoria "Tecnologia Social" da Região Sudeste, sendo recentemente certificada como Tecnologia Social pela comissão de certificação do Prêmio Fundação Banco do Brasil de Tecnologia Social, consolidando assim as características de baixo custo, simplicidade, fácil aplicabilidade e impacto social comprovado desta sustentável técnica de pintura.
Sobre o Prêmio Biguá de Sustentabilidade
O Prêmio foi instituído em 2012 pela TV Gazeta Sul com o objetivo de divulgar, valorizar e incentivar a preservação ambiental, premiando empresas, instituições, escolas e pessoas da sociedade sul-capixaba que se destacam por praticar ações de proteção, recuperação, preservação e cuidado com o meio ambiente.
O foco do Prêmio é difundir as “experiências de sucesso no uso sustentável, preservando e recuperando os recursos naturais (solo, água, fauna e flora) ”, envolvendo em especial produtores rurais, prefeituras, escolas e sociedade, despertando as pessoas para a importância do uso consciente e sustentável dos recursos naturais.
Texto: Juliana Esteves, Jacinta Cristiana Barbosa
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