27/09/2016 14h47

Curso de conservação de solo e água reúne extensionistas das regiões Norte e Extremo Norte do ES

Curso de conservação de solo e água reúne extensionistas das regiões Norte e Extremo Norte do ES.

Teve início nesta terça-feira (27) o curso de “Cafeicultura Sustentável: conservação de água e solo e alternativas de convivência para a seca”, na Fazenda Experimental do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), em Marilândia. A atividade, que reúne mais de 45 técnicos das regiões Norte e Extremo Norte do Estado, segue até quinta-feira (29).

O diretor-presidente do Incaper, Marcelo Suzart de Almeida, que esteve na abertura do evento, chamou a atenção para a importância da conservação do solo, sobretudo nesse período em que a seca assola todo o Estado. “O solo é a caixa d’água do agricultor. Para adotar práticas sustentáveis, é fundamental a conservação do solo a fim de que seja feito o armazenamento de água. O mercado tem exigido cada vez mais produtos que sejam certificados como sustentáveis, o que indica que o caminho a ser seguido pelos agricultores familiares no século XXI passa pela adoção de práticas sustentáveis”, relatou Marcelo.

A importância da capacitação técnica e da multiplicação do conhecimento na área de conservação de água e solo foi destacada pelo diretor-técnico do Incaper, Mauro Rossoni Júnior, como de vital importância para a superação desse momento de crise hídrica. “Além dos profissionais do Instituto, queremos compartilhar esse conhecimento com os técnicos das prefeituras e outras instituições parceiras a fim de multiplicar essas práticas por todo Espírito Santo”, falou Mauro.

Manejo e conservação do solo e água

O primeiro módulo do curso tratou do Manejo e da conservação do solo e da água. Na palestra de abertura da atividade, o engenheiro agrônomo e mestre em solos e nutrição de plantas Gilmar Dadalto abordou os princípios e a aplicação desse manejo.

Ele explicou que a água da chuva pode ter vários destinos, como voltar para a atmosfera; escoar superficialmente por meio do processo de erosão, o que não é desejável; ou infiltrar no solo, o que é o desejável.

“Ao infiltrar no solo, parte da água ficará armazenada na capacidade de campo e outra parte irá infiltrar para abastecer lençóis de água e formar nascentes que irão abastecer cursos e corpos d’água até chegar ao mar. Por isso, o solo é o reservatório natural de água”, explicou Gilmar.

Ele também destacou que os principais problemas relacionados ao solo são a degradação e a evaporação excessiva da água e que as estradas rurais são a principal causa do assoreamento dos cursos d’água.

“A proteção permanente do solo com cobertura vegetal, o aumento da capacidade de infiltração da água no solo e a redução do escorrimento superficial são princípios conservacionistas fundamentais”, destacou Gilmar.

A realização do curso faz parte do Projeto “Transferência de Tecnologia para a Cafeicultura Sustentável no Estado do Espírito Santo”, fruto de um convênio entre a Embrapa Café e o Incaper.

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Texto: Luciana Silvestre Girelli
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