Com temática de suma importância para a construção da igualdade entre a mulher e o homem no meio rural, o curso “ATER e as relações de gênero no campo” está disponível no canal do Incaper no YouTube. O curso on-line é promovido pelo Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) e pela Secretaria da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag).
O curso faz parte das ações do projeto "Elas no Campo e na Pesca", desenvolvido por mulheres atuantes da Seag, Incaper e outras instituições. A carga horária total é de 25 horas, sendo mais de 13 horas de conteúdo on-line e material de apoio com mais de 11 horas de estudo.
Um dos principais objetivos do curso é promover diálogos e reflexões, entre os técnicos do Incaper, a respeito da valorização da mulher rural. A coordenadora do curso “ATER e as relações de gênero no campo” e gestora do projeto "Elas no Campo e na Pesca" no Incaper, Alessandra Maria da Silva, ressaltou as diferentes perspectivas enxergadas no campo que o curso trouxe. Ela destacou que o conteúdo aborda conhecimentos científicos de um tema que é encarado como tabu na medida em que vai de encontro com as construções sociais conservadoras que limitam as ações e os espaços das mulheres no campo.
O primeiro passo para ampliar a efetividade das políticas públicas para mulheres rurais e da pesca, como afirmou a coordenadora do curso, é reconhecer as desigualdades sociais e saber utilizar metodologias participativas que considerem as especificidades do trabalho das mulheres e das relações intrafamiliares.
“A Extensão Rural não está devidamente preparada para exercer seu principal papel nos contextos atuais como a mediação de políticas públicas e os conflitos nas relações sociais de poder. Dessa forma, buscamos como objetivo do curso capacitar os extensionistas rurais e demais parceiros para um trabalho especializado com esse público”, completou Alessandra Maria da Silva.
O extensionista do Escritório Local de Desenvolvimento Rural (ELDR) do Incaper de Iúna, Túlio Borges, foi um dos servidores do Instituto que realizou o curso. Ele destacou diversos aprendizados que obteve em relação às questões de gênero e também de raça.
“Foram apresentadas ricas reflexões, em especial, problematizações a respeito da ATER, e, para além dela, na vida em sociedade. Posso afirmar que elas muito contribuíram para processos de desconstrução do machismo e do racismo, tanto como extensionista quanto cidadão. Tenho esperança de que espaços como esse possam se tornar cada vez mais corriqueiros no Incaper e também na vida de modo geral”, disse Túlio Borges.
A coordenadora do projeto "Elas no campo e na pesca" na Seag e também coordenadora do curso, Patrícia Ferraz, afirmou que a demanda pelo curso “ATER e as relações de gênero no campo” veio dos técnicos do projeto que sentiam falta de um arcabouço teórico e metodológico para o trabalho da Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) voltado para as mulheres rurais e da pesca.
“Questões como o impacto das relações de gênero e a divisão sexual do trabalho na Ater para as famílias rurais foram abordadas no curso trabalhando conceitos e metodologias importantes para se fazer uma Ater mais inclusiva e sem discriminação de gênero”, afirmou Patrícia Ferraz.
Texto: Andreia Ferreira
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