O Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) executa 89 projetos de pesquisa que visam ao desenvolvimento da agricultura capixaba, com investimento superior a R$ 7,6 milhões. Os números demonstram a continuação do trabalho de pesquisa em meio aos desafios da pandemia do novo Coronavírus (Covid-19), neste ano em que o Incaper completa 64 anos.
No decorrer de 2020, foram finalizados 30 projetos de pesquisa e contratados novos 47 projetos. Há ainda a expectativa de contratação de mais 25 projetos aprovados no Banco de Projetos da Secretaria da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag). Além das pesquisas, o Incaper executa outros 26 projetos nas áreas de infraestrutura, desenvolvimento e gestão, que totalizam mais R$ 5,7 milhões de investimento.
O gerente de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação do Incaper, Renato Taques, destacou que a pesquisa tem foco nos problemas dos produtores rurais capixabas, no âmbito da eficiência econômica, da melhoria da qualidade dos produtos para os consumidores e da responsabilidade com o meio ambiente.
“Novas tecnologias ligadas à inteligência artificial, biotecnologia, automação e agricultura 4.0, são tendências mundiais para o futuro e certamente estarão cada vez mais presentes nos trabalhos de pesquisa do Incaper, na busca de novas soluções para a agricultura capixaba”, afirmou o gerente de Pesquisa.
Impacto das pesquisas na agropecuária
Ao longo dos 64 anos de história do Incaper, dezenas de conquistas da pesquisa impactaram de forma significativa na agropecuária do Espírito Santo e do Brasil. Entre as conquistas, as pesquisas sobre café colocaram o Estado em um lugar de destaque no cenário nacional e internacional, sendo o segundo maior produtor de café do Brasil e o principal produtor de café conilon.
Na área da fruticultura houve conquistas internacionais, como o “Systems Approach”, que viabilizou a exportação do mamão brasileiro para os Estados Unidos da América. Os sistemas da produção integrada de mamão e de morango contribuíram de forma significativa na redução do uso de agrotóxicos, de acordo com pesquisador José Aires Ventura, doutor em Fitopatologia.
O manejo de doenças e o lançamento de novas variedades de abacaxi, banana, mamão e citros também trouxeram impactos positivos para a produtividade da fruticultura no Estado. Há ainda em destaque o pioneirismo do Incaper nas pesquisas com a Agricultura Orgânica, que tiveram início na década de 80, e resultaram no lançamento de variedades adaptadas a esse sistema de cultivo, que são referências no país.
As contribuições da pesquisa para a pecuária, na área de alimentação animal e manejo das pastagens, para horticultura da região serrana, e também nos estudos de aptidão dos ecossistemas, como o Mapa das Unidades Naturais do Estado do Espírito Santo, são destaques muito positivos para o Incaper.
“Podemos dizer todas as conquistas só foram possíveis devido a dedicação e entusiasmo dos pesquisadores do Incaper, que são merecedores do reconhecimento sociedade capixaba. Os resultados obtidos nas pesquisas são considerados de excelente qualidade, publicados em renomadas revistas científicas nacionais e internacionais", disse José Aires.
"Cabe ressaltar também a importância da pesquisa aplicada que é desenvolvida pelo Incaper, fruto da integração Pesquisa e Ater, um processo que permite que os resultados da pesquisa se convertam em inovações adotadas pelos agricultores”, salientou o Renato Taques.
Texto: Andreia Ferreira
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