Pesquisadores do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) – em parceria com a Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB) – realizam, sexta-feira (17) e sábado (18), na Fazenda Experimental de Marilândia, o curso de capacitação em cafeicultura de conilon.

Participam do evento os alunos de pós-graduação em gestão de cadeia produtiva do café com ênfase em sustentabilidade. Eles terão a oportunidade de conhecer, de forma prática, tecnologias para o manejo sustentável do conilon, desde a utilização de variedades melhoradas, implantação, manejo da lavoura e tecnologias de colheita e pós-colheita, na Fazenda Experimental e em propriedades cafeeiras.

O projeto de “Transferência de Tecnologias para a Sustentabilidade da Cafeicultura no ES, Sul e Sudoeste da Bahia" coordenada pelo Incaper faz parte do plano de ação, inovação e transferência de tecnologia para o café conilon e arábica na Bahia que é coordenado pela professora da pós-graduação em café da UESB, Sandra Elizabeth de Souza.

“Esse plano é financiado pelo Consórcio Pesquisa Café. No mês de junho uma equipe de extensionistas do Incaper também vai conhecer a Cafeicultura Familiar do Planalto Baiano, os avanços alcançados e seus desafios na região de Vitória da Conquista, além da cafeicultura irrigada empresarial da Chapada de Diamantina”, explicou o extensionista do Incaper, Lúcio Herzog De Muner.

O Espírito Santo é o maior produtor de café conilon do Brasil, responsável por entre 75% e 78% da produção nacional. É responsável por até 20% da produção do café robusta do mundo. O café conilon é a principal fonte de renda em 80% das propriedades rurais capixabas localizadas em terras quentes. É responsável por 35% do PIB Agrícola. Atualmente, existem 283 mil hectares plantados de conilon no Estado. São 40 mil propriedades rurais em 63 municípios, com 78 mil famílias produtoras. O café conilon gera 250 mil empregos diretos e indiretos.

O extensionista ainda reforça que sta integração proporcionada pelo projeto é muito importante para a Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater), tendo em vista a possibilidade real de adaptações de tecnologias utilizadas pelos cafeicultores em ambos os Estados, principalmente aquelas voltadas à melhoria da produtividade e da qualidade na cafeicultura familiar, ressaltou Lúcio Herzog De Muner.

"Quanto à cafeicultura de Conilon, o Espírito Santo sempre foi o propulsor na geração e transferência de tecnologias em todo Brasil. Sempre temos trabalhado em parceria com as outras instituições brasileiras de pesquisa e de Ater”, ressaltou o pesquisador do Incaper, Romário Ferrão.

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