03/11/2016 11h01 - Atualizado em 03/11/2016 11h30

Incaper realiza o II Workshop do Projeto Biomas Mata Atlântica

Representantes de diversas instituições que fazem parte do Projeto Biomas Mata Atlântica participaram do seu II Workshop, realizado no auditório do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper).

O projeto é coordenado pela Confederação Nacional da Agricultura e da Pecuária do Brasil (CNA) e pela Embrapa Florestas, com objetivo de viabilizar soluções que promovam a inserção de árvores nas propriedades rurais.

O Workshop teve como objetivo apresentar o panorama de desenvolvimento do projeto e as perspectivas para sua execução até o término, previsto para 2019, segundo a bióloga do Incaper e coordenadora do Bioma Mata Atlântica, Fabiana Ruas.

O Projeto Biomas é realizado em âmbito nacional e tem como patrocinadores Vale, Monsanto, Sebrae e John Deere. Estão incluídos nesse projeto os seis biomas brasileiros: Mata Atlântica, Cerrado, Pampa, Pantanal, Amazônia e Caatinga. Atualmente, 358 pesquisadores atuam em todos os biomas e existem 330 espécies nativas sendo trabalhadas.

Os projetos são desenvolvidos na propriedade rural do agricultor Silvestre Milanezi, no município de Sooretama, no Norte do Espírito Santo, em uma área de 35 hectares totalmente degradados. De todos os 24 subprojetos, sete são desenvolvidos por pesquisadores do Incaper.

De acordo com Fabiana Ruas, na área destinada a pesquisas do projeto Bioma Mata Atlântica, inicialmente foi feito um diagnóstico em termos de solo e vegetação, para identificar as espécies nativas e exóticas que se adaptarão bem ao local. Além disso, o projeto conta com estudos socioeconômicos para o mercado capixaba em termos de árvores, visando aliar a preservação ambiental à geração de renda para o produtor rural.

Segundo a pesquisadora, dos fatores que levam à execução das pesquisas estão a grande diversidade dos fatores ambientais no Brasil, que impõe a necessidade de geração de tecnologias apropriadas; o pequeno número de pesquisas voltadas à inserção da árvore na propriedade rural em coerência à legislação e ao potencial de satisfação ambiental, social e econômica; a baixa aceitação por parte do produtor quanto ao uso da árvore nativa em sistemas produtivos; o potencial pouco explorado de diversificação produtiva na propriedade rural valendo-se do componente arbóreo; a transitividade da árvore entre sistemas de produção e de preservação, considerando as potencialidades e fragilidades ambientais nos seis biomas brasileiros.

Além disso, existe a necessidade de se criar e difundir técnicas que possam promover a adequação da propriedade rural à legislação ambiental, considerando Área de Preservação Permanente (APP), área de Reserva Legal (RL), bem como áreas de sistema de produção (ASP) e promover a sustentabilidade ambiental no meio rural, testando modelos alternativos de restauração ecológica quanto à efetividade econômica e capacidade de prover serviços ambientais e pelo fato de a Mata Atlântica, na região do Sul da Bahia e do Norte do Espírito Santo, ser uma das florestas de maior diversidade do mundo, atualmente presente em fragmentos numa paisagem dominada por pastagens e plantios de eucalipto. “O pacto pela restauração da Mata Atlântica aplica em larga escala um modelo de plantio intercalado de espécies nativas dos grupos “Preenchimento” e “Diversidade”, visando à restauração ecológica do local”, acrescentou.

Fabiana também destacou que alguns subprojetos tiveram apoio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). “Conseguimos desenvolver positivamente espécies que sobrevivem e se adaptam melhor na propriedade, juntamente com tecnologias aplicadas. Essas informações constantemente são repassadas ao produtor rural que é multiplicador desses resultados, no campo”, comemorou.

 

Conheça os subprojetos de pesquisa do Bioma Mata Atlântica:

Ananda V. de Aguiar  MA02: Implantação de Bancos de germoplasma de espécies nativas para produção de madeira para uso múltiplo.

João Bosco Vasconcellos Gomes MA05: Plantio de aroeira (Schinus terebinthifolius Raddi) para produção de frutos em consórcio com maricá (Mimosa bimucronata (DC.) Kuntze var. bimucronata) e guandu (Cajanus cajan (L.) Hunth.

Marcos Vinicius W. Caldeira ma06: Manejo de plantios de Eucalyptus urophylla x Eucalyptus grandis em pequenas propriedades rurais, visando multiprodutos.

Lúcio De Muner MA07: Avaliação da Produção de Café Conilon cultivado em Consórcio com Seringueira.

Marcos Vinicius W. Caldeira MA09: Crescimento e qualidade da madeira de vinhático (Plathymenia foliolosa) sob diferentes fertilizações de N, P e K.

Fabiana Gomes Ruas MA10: Seleção de genótipos de aroeira (Schinus terebinthifolius) e caracterização fitoquímica de produtos bioativos.

Penha Padovan MA11: Sistemas Agroflorestais (SAF’s) utilizando os cultivos de seringueira, cacau, banana, jequitibá, gonçalo alves e vinhático.

Luiz Carlos Prezotti MA12: Aumento da precocidade e produtividade da seringueira pelo uso do gesso agrícola.

Fabiana Gomes Ruas MA13: Avaliação da recuperação de área de proteção permanente com palmeiras nativas da Mata Atlântica, no estado do Espírito Santo.

Pedro Carvalho MA19: Silvicultura de espécies arbóreas da Mata Atlântica com potencial econômico e de restauração ecológica.

David Martins MA25: Avaliação da entomofauna como indicadora de melhoria da qualidade ambiental em uma área em processo de recomposição com sistemas agroflorestais na região da Mata Atlântica do estado do Espírito Santo.

Informações à imprensa:

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Texto: Tatiana Caus


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