Visando à necessidade de apresentar as tecnologias que possam maximizar a mecanização nas regiões de produção de café com topografias acidentadas, o Instituto Capixaba de pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) e a Secretária Municipal de Agricultura e Meio Ambiente de Marilândia realizaram, entre os dias 13 e 14 de setembro, na Fazenda Experimental do Incaper de Marilândia, a 1ª Expo Conilon.
Com o tema mecanização para regiões de topografia acidentadas do Espírito Santo, o evento contou ainda com o 3° Concurso de Qualidade de Café Conilon. Mais de 500 pessoas participaram dos dois dias.
O evento contou com a participação do governador Renato Casagrande, além de produtores rurais e pessoas ligadas ao setor agrícola. Para Casagrande, o compromisso do Governo é com o resgate da agricultura no Estado, dando apoio às atividades do homem do campo. Além do fortalecimento dos órgãos ligados ao setor, como a Secretaria da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag) e o Incaper, ele destacou também o desenvolvimento de atividades voltadas à infraestrutura.
“Encontramos o Incaper literalmente destruído. Estamos reestruturando para que o homem do campo tenha apoio e possamos desenvolver nossas regiões criando oportunidades e tornando o Estado mais justo e competitivo. Nós estamos potencializando as atividades de infraestrutura, como o calçamento rural e o Caminhos do Campo. Também estamos estudando um modelo para levar Internet às comunidades urbanas do interior”, afirmou o governador.
Para o secretário de Estado da Agricultura, Paulo Foletto, esses momentos fortalecem a cafeicultura e valorizam os produtores, fornecendo conhecimento e mostrando a força do Incaper. “Nossos extensionistas estão fazendo um trabalho de excelência no Estado. As pesquisas e ações do Instituto colocam o café capixaba no topo de qualidade. Somos referência nacional e temos os melhores cafés do Brasil, que ano após ano têm ganhado prêmios e concursos por todo o País. Uma história como a do café capixaba merece respeito, valorização e investimento em infraestrutura rural. Na Seag, vamos dar a atenção que o setor merece”, garantiu.
Já o diretor-presidente do Incaper, Antônio Carlos Machado, falou sobre a importância do instituto no sucesso alcançado pelo café capixaba. “O Espírito Santo é referência na produção de café e a disponibilização dessas tecnologias que estão sendo desenvolvidas pelo Incaper visam a diminuir custos, e melhorar as condições de trabalho do produtor rural, além de estimular o agronegócio da cafeicultura no Estado. Para dar continuidade ao trabalho que vem sendo desenvolvido no Estado, o governador autorizou mais um investimento para o Incaper: a compra de mais 40 veículos que vão fortalecer ainda mais a atuação da instituição no meio rural”, disse.
Na programação, diversos assuntos voltados para a cadeia produtiva do café no Espírito Santo foram discutidos. A mecanização para cafeicultura em regiões de topografia acidentada foi tema de palestra do professor do Departamento de Engenharia da Universidade Federal Lavras (UFLA), Fabio Moreira da Silva. “Nós abordamos as opções tecnológicas que existem para minimizar os problemas com a mão de obra que está cada vez mais escassa. Hoje o produtor tem a opção de investir em máquinas portáteis, semimecanizadas ou mecanizadas com um investimento que se paga em poucos anos”, explicou o professor.
Segundo o coordenador Estadual de Cafeicultura, Abraão Carlos Verdin Filho, foram apresentadas algumas tecnologias que estão sendo utilizadas em outros estados na busca de reduzir os custos de produção. “A mão de obra hoje é uma das maiores preocupações que o produtor tem, principalmente em regiões de topografia acidentadas. Essas áreas compreendem aproximadamente 70% do cultivo, basicamente distribuída em base familiar, porém, o uso ou a adequação, para utilização de máquinas e equipamentos ainda é incipiente”, pontuou.
O produtor de café da Comunidade Córrego Sumidouro, Jonacir Afonso, fez uma avaliação do evento. “Nós produtores precisamos sempre buscar informações que possam nos ajudar a produzir café de qualidade. Hoje a mão de obra está cada vez mais difícil, mas com essas tecnologias podemos melhorar nossas condições de trabalho”, destacou.
Estandes e Dia de Campo
O evento também contou com diversos estandes e um dia de campo com sete estações, que apresentou na prática as principais tecnologias disponíveis, principalmente, em relação a máquinas e equipamentos que melhoram as condições de trabalho e rendimento do serviço aos cafeicultores que trabalham em topografia acidentada.
De acordo com o chefe da Fazenda Experimental do Incaper de Marilândia, Marconi Comério, “nas estações eles puderam ver de perto o uso de drones nas lavouras, máquinas que podem ser usadas nas entre linhas utilizando o micro terraciamento, o banco de germoplasma – tão importante para a cafeicultura –, implementos para aumentar o rendimentos na produção, o uso de escavadeira hidráulica e máquinas adaptadas que podem preparar o terraço em lavouras já implantadas e tecnologias”.
Outra tecnologia apresentada foi o Projeto Barraginhas que são pequenas bacias escavadas com intuito de conter água de enxurrada principalmente, para que infiltre no solo. É uma tecnologia rural com interesse social e ambiental, que proporciona mais qualidade e quantidade de água nas propriedades rurais, com custo baixo, aumentando a geração de renda das famílias e melhorando o seu sustento, além de promover a perenização de nascentes e córregos.
O projeto é intitulado “Capacitação, Transferência de Tecnologia e Implantação do Projeto Barraginhas da Embrapa em Microbacias no Espírito Santo”, e vem sendo desenvolvido pelo Incaper em parceria com a Agência Estadual de Recursos Hídricos (Agerh). O projeto é financiado pelo Fundágua, da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Seama), via Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (Fapes).
Na fazenda experimental do Incaper em Marilândia, encontra-se instalada as primeiras barraginhas, uma no formato de meia lua, com 4,5 metros de raio e volume total de armazenamento de 25,5 metros cúbicos e outras no formato de cochinhos, com cinco metros de comprimento, um metro de largura e 0,6 metro de profundidade.
3°Concurso de Qualidade de Café Conilon
Durante o concurso foi apresentada as experiências com produção e comercialização de café conilon de qualidade pela Família Venturin, de São Domingos do Norte. E um workshop sobre os desafios do preparo e mercado do café conilon de qualidade ministrado pela Isabela Raposeiras do O Coffee Lab - laboratório de torra, degustação e preparo de cafés de qualidade.
A solenidade de premiação do 3º Concurso de Qualidade de Café Conilon de Marilândia, premiou os produtores locais participantes, valorizando seu fconilon regional.
Categoria café de secador:
1º lugar - Antônio Eli Caldara
2º lugar: Lucas Celim Pereira
3º lugar - Oswaldo Altoé
Categoria café de terreiro:
1º lugar - Sérgio Augusto Lorenzoni.
2º lugar - Maria de Fátima Tamanini Noventa
3º lugar - Braz Salvador Drago
Texto: Vanessa Capucho
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