Os resultados sobre o fungo em tomateiros do Espírito Santo foram divulgados em junho deste ano na conceituada revista internacional Phytoparasitica, que publica contribuições originais de pesquisa com ênfase em novas abordagens no controle de pragas e doenças. O trabalho de pesquisa foi realizado pelo fitopatologista e pesquisador do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), Hélcio Costa, em parceria com pesquisadores da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa-Hortaliças).
Descoberto em tomateiros de propriedades de Venda Nova do Imigrante, na região serrana do Espírito Santo, o novo fungo tem o nome extenso: F. oxysporum f. sp. radicis-lycopersici.f. sp. radicis-lycopersici. Em 2019, segundo o pesquisador, também foi constatada a presença do fungo em propriedades de Domingos Martins e Afonso Cláudio, também na região serrana.
Lotado no Centro Regional de Desenvolvimento Rural Centro Serrano (CRDR Centro Serrano), o pesquisador responsável explicou que o fungo é visível por causa de uma esporulação branca que acontece no caule das plantas e que as fazem murchar. “Os produtores achavam que era o mesmo fungo que causa a murcha do tomate. Mas, o novo fungo relatado é diferente porque causa podridão na base do caule da planta e das raízes”, complementou Hélcio Costa.
Como evitar o fungo nos tomates
Para evitar o aparecimento do fungo nas lavouras e até mesmo para combater os tomateiros que já estão contaminados, é preciso fazer rotação de culturas por pelo menos cinco anos, de preferência, com a cultura do milho, uma vez que ela reduz a quantidade do fungo no solo.
“É preciso que os produtores rurais estejam atentos a isso e busquem, se for o caso, o auxílio do Incaper. Atualmente, nós não temos variedades de tomate resistentes a esse fungo e a rotação de cultura tem sido o único método de manejo que funciona, já que o uso de fungicidas não tem qualquer efeito sobre essa doença”, explicou Hélcio Costa.
Na dúvida ou em qualquer caso de suspeita do novo fungo nos tomateiros, o produtor rural pode fazer o contato com o Laboratório de Fitopatologia do Incaper do Centro Serrano, no número (27) 3248-1181.
Texto: Tatiana Toniato Caus.
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