O mercado de produtos madeireiros e não madeireiros no Espírito Santo encontra-se em expansão, mas é preciso levar em conta a conservação da biodiversidade e dos ecossistemas. É com esse intuito que a Política “Mais Floresta Produtiva” pretende realizar ações de pesquisas e assistência técnica e extensão rural para produção sustentável com espécies florestais em todo o Estado.
No Espírito Santo o mercado de madeira vem crescendo com o passar dos anos, com evidentes tendências de avanços, com um mercado de celulose, de serraria e de borracha natural já consolidados e um mercado de produtos florestais não madeireiros como goma-resina, palmito e frutos das florestas em ascensão.
De acordo com o coordenador do Programa de Silvicultura do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), Pedro Carvalho, o cultivo de espécies da Mata Atlântica tem um grande potencial em relação à qualidade da madeira produzida e em função da grande demanda do mercado consumidor frente ao elevado custo do frete da madeira proveniente da região Norte do Brasil, que em muitos casos supera o valor do produto.
“No entanto, associado ao fato das madeiras de melhor qualidade normalmente apresentarem ciclo mais longo, não existe ainda no Espírito Santo um arranjo consolidado para plantio, produção, colheita e beneficiamento desse produto. Torna-se necessária a realização de estudos e pesquisas para utilização dessas espécies, tanto na identificação dos potenciais de substituírem as de origem amazônica, quanto na identificação das práticas silviculturais e de manejo adequados a essas espécies e o zoneamento para regionalização das áreas mais indicadas ao cultivo”, explicou.
De acordo com Pedro, as ações de pesquisa e de Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER) de silvicultura estão sendo estruturadas para expansão da área de florestas produtivas. “A atratividade econômica e adensamento das cadeias produtivas do setor poderão ser fomentados por conhecimentos e tecnologias mais adequadas aos vários atores envolvidos no agro florestal capixaba, assim como de produtores rurais interessados em se integrar à indústria de base florestal”, disse o coordenador do Programa de Silvicultura do Incaper, Pedro Carvalho.
Em junho deste ano a Política “Mais Floresta Produtiva” será debatida em mesa-redonda que abordará o tema “Políticas Públicas de Incentivo ao Plantio de Florestas Produtivas”, em um dos mais importantes e tradicionais eventos científicos da América Latina: o VII Congresso Florestal Latino-Americano, o Conflat.
Congresso Florestal Latino-Americano
Com a realização em junho, o VII Congresso Florestal Latino-Americano (Conflat) terá como tema central a “Preservação e produção florestal face às mudanças climáticas: Desafios para o século XXI”. Pesquisadores e extensionistas do Incaper inscreveram os seus projetos técnicos-científicos a fim de serem apresentados durante o congresso.
O congresso contará com uma programação diversificada, enfatizando os temas atuais de pesquisa e extensão e priorizando as discussões sobre questões florestais e madeireiras que afetam diretamente a sociedade. http://conflat.com.br/programacao/
O evento será realizado de 12 a 15 de junho, no Hotel Golden Tulip Porto Vitória Hotel.
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