O Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) realiza nesta terça-feira (16) a Oficina “Cores da Terra”, para mulheres artesãs dos municípios de Ponto Belo e Mucurici, no extremo norte do Estado.
O Projeto prevê o regaste e o aperfeiçoamento da utilização da terra e do barro, bem como de outras técnicas para fabricar tintas para pinturas de artesanatos em geral e, também, em imóveis. As tintas com as Cores da Terra podem ser preparadas com cola branca pura (cola de madeira), ou cola branca com cal e óleo, ou grude (feito com polvilho azedo ou goma de tapioca). Entretanto, a tinta feita com grude deve ser aplicada somente em paredes e tetos de dentro de casa que estejam secos e arejados, enquanto as tintas de cola branca podem ser aplicadas tanto na parte interna quanto na externa.
A oficina é uma realização do Escritório Local de Desenvolvimento Rural (ELDR) do Incaper de Ponto Belo, em parceria com a Secretaria de Assistência Social do município e os grupos “Mulheres de Fibra e Mulheres Sem Fronteiras”, do Assentamento Octaviano Rodrigues de Carvalho.
“Após trabalhar com várias comunidades em vários municípios do Norte do Estado concluí que a tecnologia de produção de tinta à base de terra envolveu ações que favoreceram o desenvolvimento local dentro das questões ambientais e sociais, pois o custo de produção é viável, principalmente para famílias de baixa renda. E, além disso, a produção da tinta não possui tanto impacto ambiental comparando com a tinta convencional” ressaltou a economista doméstica Jozyellen Nunes, do ELDR de Nova Venécia e coordenadora da oficina.
“A oficina surgiu após demanda das participantes dos grupos das mulheres em Ponto Belo que trabalham conjuntamente com artesanatos em palha, fibra de banana e tecidos em geral. A atividade faz parte da capacitação continuada do instituto com as atividades rurais não agrícolas nas comunidades, a fim de gerar e aumentar a renda, principalmente para as mulheres do campo”, disse o chefe de ELDR de Ponto Belo, Adriano Spínola.
Sobre o projeto Cores da Terra
O Projeto “Cores da Terra: Pintando o Brasil” foi introduzido no Estado do Espírito Santo em 2007 por meio de uma parceria entre o Instituto Capixaba de Pesquisa Assistência Técnica e Extensão Rural – Incaper e o Departamento de Solos da Universidade de Viçosa – UFV. Em 2009, o Projeto foi premiado pela Financiadora de Estudos e Projetos – FINEP, recebendo o Prêmio de Inovação na categoria Tecnologia Social. A técnica apresentada no projeto produz tintas de baixo custo, sustentáveis, que têm uma boa diversidade de cores que valorizam a origem do material e resgatam valores culturais. Resumindo: conhecimento popular utilizando tecnologias sustentáveis de produção de tintas à base de terra, desta forma, sendo aplicada em construções imobiliárias e no artesanato.
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