Durante toda esta quinta-feira (26), foi realizado o 2º WorkShop de Ranicultura do Espírito Santo, no município da Serra. O evento reuniu produtores e interessados na atividade e debateu o controle sanitário da criação, os manejos nas instalações dos ranários, bem como as perspectivas para o setor.
O encontro é fruto de mais uma parceria da Prefeitura Municipal da Serra, com a Secretaria de Estado da Agricultura, Aquicultura e Pesca (Seag) – por meio do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural –, o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae ES) e a Fundação de Desenvolvimento Agropecuário do Espírito Santo (Fundagres).
A coordenadora de aquicultura e pesca do Incaper, Lucimary Ferri, fez a abertura do evento e ressaltou que a iniciativa faz parte do Projeto “Aquicultura ES”, que envolve um ciclo de workshops englobando toda a cadeia aquícola do Estado. Segundo ela, ao todo são cinco deles e um curso sobre doenças de tilápias. “O nosso objetivo é ter conhecimento do atual cenário da aquicultura e motivar o entrosamento dos produtores em busca de soluções para os gargalos da atividade e o seu desenvolvimento".
A localização de ranários no Espírito Santo – ativos ou inativos – vai até o município de Linhares, no Centro Norte, e conta com aproximadamente 11 produtores. Dados mais recentes, apurados no workshop de ranicultura do ano passado, apontam que são produzidos por volta de 1350 Kg de carne por mês, o que representa 16 toneladas ao ano.
O zootecnista e extensionista do Incaper, Rafael Vieira Azevedo, ministrou uma breve palestra sobre a atual situação da produção de rãs no Espírito Santo. “Para termos uma produção de sucesso, é preciso estar atento a questões como as potenciais localizações de fácil acesso, água de qualidade e em boa quantidade e condições climáticas viáveis”, explicou.
Ele ainda destacou que o Estado tem uma condição climática que vai de boa a viável para a produção de rãs, contudo, em algumas áreas, a altitude pode ser um pouco restritiva, mas pode-se trabalhar um adaptador para amenizar os efeitos climáticos. Em seguida, o médico veterinário Márcio Hipólito levantou questões sobre o controle sanitário na fase de girinos, metamorfose e pós metamorfose.
Na parte da tarde foi realizado um diagnóstico participativo com os presentes; houve discussões sobre os desafios para o setor, como a obtenção e desovas; consanguinidade; manejo; a criação de rações específicas; abate e comercialização, organização de associações entre produtores, destino de produtos (carne), reaproveitamento de subprodutos, restrições no mercado, entre outros.
Motivação: Os produtores discutiram a aprovação de um estatuto - já pronto - para a elaboração de uma Associação de ranicultores. O próximo passo será uma assembleia para a sua criação.
O produtor de hortaliças Denis de Castro está há aproximadamente 4 anos estruturando o seu sítio para instalar um ranário para dar inicio a atividade. Ele e a sua esposa Maria Teresa estão ansiosos e com boas expectativas. “Tô firme nos cursos e ansioso para começar a trabalhar no setor. Eu não vejo a hora de aumentar a minha renda na propriedade. Já fiz até o curso de tilápias em aquaponia para criar as minhas hortaliças e os peixes no mesmo espaço. Quem sabe também, né?”
Próximos encontros
Além deste workshop, já foram dados cursos em Castelo e Linhares. Os próximos serão na próxima terça-feira (31), em Colatina - sobre carcinicultura , e no dia 23 de novembro, em Piúma - seminário de maricultura. O curso de doenças de tilápia será no dia 28 e 29 de novembro, no Instituto Federal do Espírito SantaS (Ifes) em Colatina.
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