Visando à melhoria da qualidade da produção de pimenta-do-reino no Estado, o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), em apoio à Associação Capixaba dos Exportadores de Pimentas e Especiarias (Acepe), realizou, no último sábado (04), o “I Seminário de Qualidade de Pimenta-do-Reino”. O evento aconteceu em São Mateus e contou com a participação de 600 pessoas, entre produtores rurais e autoridades. O objetivo foi discutir temas importantes do setor e expor máquinas e equipamentos.
A pipericultura no Espírito Santo é uma atividade tipicamente familiar e de grande importância para a complementação da renda dos produtores. Nos últimos anos, o Estado exportou cerca de 12 mil toneladas de pimenta-do-reino para o exterior. “O evento teve por objetivo discutir a qualidade da pimenta que está sendo exportada. Nesses últimos anos acabamos perdendo credibilidade no mercado internacional devido aos problemas com a não utilização das boas práticas no campo”, ressaltou o diretor da Acepe, Rolando Martin.
Um dos condimentos mais valorizados e que apresenta grande valor econômico, a pimenta-do-reino é o cultivo com maior tecnologia de produção, com mais de 80% da área sob sistema de irrigação, o que propicia maior produtividade quando comparado a outros Estados. No total, 90% das áreas de plantios no Espírito Santo estão localizadas em propriedades de base familiar.
Para o diretor-presidente do Incaper, Marcelo Suzart de Almeida, o mercado está cada vez mais exigente e vai começar a regular pela qualidade. “O Incaper, a ACEPE, o Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (Idaf), juntamente com o Governo do Estado, estão preocupados com a qualidade da produção. Por isso, é importante que o produtor amplie o conhecimento sobre melhoramento, nutrição, manejo fitossanitário, pós-colheita e secagem para garantir a qualidade do produto”, ressaltou Marcelo.
Durante o seminário os participantes puderam discutir vários temas como restrições no uso de pesticida, boas práticas de processamento da pimenta-do-reino, certificação internacional e identificação geográfica, comércio internacional, além do projeto de lei 4728/2016, que incentiva a produção de qualidade.
Produtor há mais de 30 anos, Elizeu Bonomo destaca a importância da realização do evento. “Um seminário como este só fortalece a importância de nós produtores estarmos sempre em busca de conhecimento. Hoje a quantidade é maior que a qualidade do produto e isso não pode acontecer. O mercado quer pimenta de qualidade e nós temos condições se usarmos as boas práticas no dia a dia”, disse.
Para o Delegado Federal da Secretaria Especial de Agricultura Familiar e Desenvolvimento Agrário no Espírito Santo, Aureliano Nogueira da Costa, esse é o momento de priorizar a qualidade da pimenta exportada. “O ponto mais importante do evento é que ele vai trazer na linguagem do agricultor familiar as tecnologias disponíveis e os cuidados que devem ser tomados durante todo o ciclo da cultura, desde o plantio até a condução, aplicação de agroquímicos recomendados, produtos fitossanitários com registro para a cultura da pimenta para não causar a eliminação do produto da pauta de exportação”.
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