O que o setor de metalurgia e a agricultura têm em comum? A resposta: o agricultor Natalino Marquezini, de Rio Novo do Sul. O produtor rural é assistido pelo Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), e foi contemplado com o Prêmio Farol do Bem 2019, promovido pelo Sindicato das Indústrias Metalúrgicas e de Material Elétrico do Estado do Espírito Santo (Sindifer).
Seu Natalino recebeu a premiação na categoria “Cidadão Farol do Bem”, pelo projeto “A transformação das sementes do Bioma Mata Atlântica pelas mãos dos saberes acumulados pela agricultura familiar”. O projeto foi elaborado pelo Incaper e inscrito pela Associação de Desenvolvimento Comunitária e Esportiva de Mundo Novo.
A extensionista do Incaper de Rio Novo do Sul, Suely Ferreira da Cruz, esteve com o agricultor na solenidade de premiação, em Vitória. “Acompanhei o Natalino apenas para tirar a foto do meu celular e enviar para família dele. A representante do Sindifer falava sobre o projeto e, no meio do discurso, ela disse toda entusiasmada: ‘o Projeto foi inscrito por alguém do Incaper. Eu não sei se essa pessoa está aí, mas que projeto bem escrito! E que sensibilidade apresentá-lo para nós’”, disse orgulhosa.
Numa postagem feita nas suas redes sociais, a extensionista relembra os conceitos e a importância das ações de assistência técnica e extensão rural. “Esse é o Incaper, é isso é extensão rural. E essa é a agricultura familiar que desapareceria com o desenvolvimento do capitalismo, o que não ocorreu. Parabéns seu Natalino Marquezini, sua esposa Juracy e filhos! Parabéns a todos os extensionistas! Parabéns, Sindifer, pela iniciativa! E que a agricultura familiar continue, na sua simplicidade, se reproduzindo de maneira sustentável e demonstrando para nós que é do lado do bem e do amor que devemos estar sempre”, publicou.
Sobre o projeto vencedor
O agricultor Natalino Marquezini vive na comunidade de Mundo Novo, zona rural de Rio Novo do Sul. Há mais de 15 anos, ele desenvolve um trabalho de preservação e recuperação dos recursos naturais. “Ele mesmo vai na floresta, coleta sementes, produz as mudas nativas da Mata Atlântica e distribui gratuitamente para igrejas, empresas, pastorais, escolas e etc.”, contou Suely Ferreira da Cruz.
Em todo esse tempo, o agricultor distribuiu mais de 100 mil mudas e participou voluntariamente da recuperação de áreas e nascentes degradadas. “Além de ir para mata, escolher a semente, saber qual época plantar – pois algumas espécies florestais não dão sementes todo ano, têm intervalos de anos de uma floração a outra –; o agricultor também se preocupa com todas as etapas do processo. Não apenas em produzir as mudas, mas de perceber que após a formação no viveiro, elas têm que ser bem conduzidas para cumprir seu propósito no estabelecimento de uma nova floresta e cumprir sua função de proteção dos recursos hídricos”, explicou Suely.
O trabalho do Natalino Marquezini e da esposa, Juracy, continua. “O viveiro continua fazendo mudas, orientado a condução no campo, recebendo visitas de pesquisadores, escolas e de pessoas que simplesmente querem conhecer a experiência”, pontuou a extensionista do Incaper.
Texto: Juliana Esteves e Suely Ferreira da Cruz
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