25/04/2025 16h11 - Atualizado em 25/04/2025 17h05

Agricultoras de Linhares se capacitam para produção do mel de cacau

Você já ouviu falar em mel de cacau? A bebida naturalmente doce e refrescante, extraída a partir da prensagem das amêndoas da fruta, vem ganhando destaque entre os agricultores capixabas como uma alternativa para agregar valor à produção cacaueira. Em Linhares, a Associação Mulheres do Cacau aposta na qualificação como caminho para obter o registro legal do produto e conquistar novos mercados.

Nessa quinta-feira (24), as associadas participaram de uma capacitação focada em boas práticas de fabricação da bebida, promovida pelo Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper). O curso foi realizado em uma agroindústria no município de Vila Valério e teve como objetivo orientar sobre os padrões de qualidade exigidos para a regularização do produto junto aos órgãos de fiscalização.

Conduzida pelas extensionistas do Incaper Jozyellen Nunes da Costa e Fernanda Casagrande Macedo, a formação abordou temas como técnicas seguras de produção, higiene no processamento, rotulagem de alimentos e aspectos legais para a formalização de agroindústrias.

Segundo Jozyellen Nunes da Costa, esta foi a primeira capacitação dedicada exclusivamente às boas práticas na produção do mel de cacau. “É um produto muito perecível e requer cuidados específicos para garantir que seja seguro para o consumo. Se não for corretamente processado, pode se deteriorar em até 42 horas”, explicou.

Além de saboroso, o mel de cacau é rico em nutrientes como antioxidantes naturais, vitaminas e minerais, o que o torna um produto promissor para o mercado de alimentos saudáveis e para a gastronomia. Com essa capacitação, o Incaper atendeu a uma demanda da própria Associação Mulheres do Cacau de Linhares, que busca aprimorar a produção para atender à crescente procura, tanto dentro quanto fora do Espírito Santo.

A presidente da associação, Matilde Aparecida Garabelli Venturin, celebrou a realização do curso e destacou os impactos positivos da qualificação para a autonomia das mulheres rurais.

“Foi um momento muito rico de informação. Nós, Mulheres do Cacau, estamos muito agradecidas ao Incaper por contar com extensionistas capacitadas em economia doméstica, que possam nos orientar com base nas nossas necessidades. Isso é fundamental para aumentar a renda familiar com os produtos que já temos na propriedade e também para fortalecer o empoderamento feminino”, afirmou Matilde Venturin.

Além do mel de cacau, as agricultoras produzem uma variedade de outros derivados da fruta, como chocolate, geleia, licor, cocadinhas, doce da cibirra, bananada com nibs e amêndoas cristalizadas.

“Estamos sempre incentivando a produção de múltiplos derivados do cacau como forma de diversificar as atividades da agricultura familiar, gerar renda, promover o aproveitamento integral do fruto, reduzir desperdícios e fortalecer a cadeia produtiva do cacau no Espírito Santo”, completou a extensionista Jozyellen Nunes.

Informações à Imprensa:
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