O escritório local do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), em Jerônimo Monteiro, em parceria com a Secretaria da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag) e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Espírito Santo (Fapes), capacitou 20 técnicos rurais sobre as boas práticas de manejo de citrus, especialmente laranjas e tangerinas. O curso aconteceu na Fazenda Experimental do Instituto de Bananal do Norte (FEBN), em Pacotuba, município de Cachoeiro de Itapemirim.
O curso faz parte do projeto “Avaliação e Transferência de Tecnologias e Políticas Públicas para a Produção e Comercialização de Mudas e Frutos de Laranja no Sul do Espírito Santo”, contemplado pela Portaria 002-R/2020 FAPES/SEAG e coordenado pela engenheira agrônoma e extensionista da unidade do Incaper, em Jerônimo Monteiro, Marianna Abdalla.
O projeto visa a contribuir com a melhoria das mudas e frutos ofertados no Espírito Santo, por meio da transferência de tecnologias, avaliação de políticas públicas e da avaliação de tecnologias de produção de mudas, já que atualmente são utilizadas borbulhas – pequenos brotos retirados de galhos de frutas cítricas isentas de doenças, que servem para produzir mudas de alta qualidade com as principais cultivares de citrus. Além disso, também é feita a análise genética de variedades de citrus que são comercializadas no Espírito Santo, com o objetivo de oferecer mais segurança para quem vende e para quem compra mudas.
O enfoque do curso foi capacitar os extensionistas que atendem os produtores de laranja na região sul do Estado sobre poda de citros. Este módulo faz parte de uma capacitação sobre os aspectos essenciais do manuseio dos citros, como o manejo de pragas e doenças, poda, adubação, entre outros. “Dessa forma contribuímos para o fortalecimento da citricultura na região e os extensionistas ganham mais autonomia e segurança para responderem às demandas imediatas dos agricultores. Também conseguimos reduzir as dificuldades em manejar a cultura na região e o tempo de espera para a resolução dos problemas de manejo nos municípios, dando continuidade aos atendimentos imediatos às demandas das famílias produtoras de laranja”, explicou Marianna Abdalla.
O pesquisador do Incaper do CPDI Sul e coordenador de produção vegetal da Instituição, Marlon Dutra Degli Esposti foi o instrutor do curso, com o enfoque em poda de citros. “A citricultura é uma atividade de extrema importância para os produtores familiares, que usam a laranja de forma diversificada com o café, outra cultura que tem peso no município, e muitos deles vivem apenas da cultura da laranja. Nesse caso, plantas bem podadas e conduzidas têm frutos de melhor qualidade e possibilitam a redução do uso de insumos, principalmente, inseticidas e fungicidas”, explicou.
De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), entre os anos de 2017 e 2021 Jerônimo Monteiro foi o maior produtor de laranja do Espírito Santo. Só em 2021 foram colhidas 2.700 toneladas da fruta.
Segundo Marianna Abdalla, atualmente o município conta com cerca de 80 estabelecimentos rurais envolvidos com a produção da fruta e cerca de 165 ha (colhidos). “Este ano, devido ao tempo, a produtividade diminuiu um pouco, saindo de 20 toneladas para aproximadamente 17 toneladas por hectare. Continuamos trabalhando para que a produção de citrus siga em ascensão, por meio das boas práticas de manejo”, pontuou.
Na ocasião foram distribuídas ferramentas de poda e de identificação de pragas e doenças para os escritórios locais da região.
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