22/11/2016 12h01 - Atualizado em 22/11/2016 13h34

Cultivo de árvore na propriedade rural é positivo para o produtor e para o meio ambiente

Foto: Incaper / Juliana Esteves
“São três anos de experimentos com resultados de extrema importância para o produtor rural, principalmente na questão da madeira de lei - espécie nativa da região que hoje tem pouca remanescente e os produtores precisam ter uma alternativa para o uso dessa árvore”, frisou Fabiana Ruas, bióloga do Incaper e coordenadora do Bioma Mata Atlântica.

Brasília - A CNA e a Embrapa realizaram, na úlima semana, o 1º Workshop Nacional do Projeto Biomas. O objetivo do encontro foi apresentar aos produtores rurais, técnicos e pesquisadores os primeiros resultados práticos dos experimentos realizados em cada um dos seis biomas brasileiros: Mata Atlântica, Cerrado, Pampa, Amazônia, Caatinga e Pantanal. O Bioma Mata Atlântica é coordenado pela bióloga Fabiana Ruas, do Instituto Capixaba de Pesquisa, Asistência Técnica e Extensão Rural (Incaper).

O biólogo e pesquisador da Embrapa Florestas, Alexandre Uhlmann, apresentou o panorama geral do projeto, detalhando as etapas realizadas em cada bioma. “O diagnóstico é muito positivo, sendo que a gente trabalha com árvore e precisa de algum tempo para o seu crescimento”. 

O pesquisador explicou que o projeto possibilitou à equipe indicar as espécies a serem plantadas para cada tipo de solo, os tipos de espécies que efetivamente se desenvolvem melhor de acordo com o ambiente; além de modelos de plantios para os sistemas produtivos e experimentos com restauração de Reserva Legal (RLs) e Áreas de Preservação Permanente (APPs). “Também tivemos várias outras informações socioeconômicas, sobre os ciclos ecológicos e alguns projetos que desenvolvem diagnósticos e monitoramento da fauna”, disse. Alexandre Uhlmann finalizou explicando que o projeto é bastante amplo, mas está cumprindo seu papel em mostrar que o emprego da árvore na propriedade rural é positivo tanto para os produtores quanto para o meio ambiente.  

Outra palestrante do encontro foi a bióloga do Incaper, Fabiana Ruas, que também fez um balanço positivo dos resultados no Bioma Mata Atlântica. “São três anos de experimentos com resultados de extrema importância para o produtor rural, principalmente na questão da madeira de lei - espécie nativa da região que hoje tem pouca remanescente e os produtores precisam ter uma alternativa para o uso dessa árvore”, frisou. 

Para a coordenadora executiva do Projeto Biomas na CNA, Cláudia Rabello, apesar de ser pouco tempo de projeto, apenas seis anos, os resultados já consolidados são de interesse do produtor rural, para que ele consiga sanar suas duvidas. “São muitas perguntas, principalmente na questão de Reserva Legal e Área de Preservação Permanente que temos condição de respondê-las”, explicou.

Outros dois Biomas, Cerrado e Amazônia, também foram apresentados no primeiro dia do workshop. A reunião contou com a presença do presidente da Federação de Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará (FAEC), Flávio Saboya, que representou todos os produtores do bioma caatinga; o superintendente Técnico da CNA, Bruno Lucchi; e o representante do SENAR Nacional, Matheus Ferreira; e o representante da Embrapa Nacional, Cláudio Braga. O workshop continuoucom a apresentação dos resultados dos Biomas da Caatinga, Pantanal e Pampa.

Sobre o Projeto Biomas - Lançado em 2010, o Projeto Biomas é fruto de uma parceria entre a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), com a participação de mais de quatrocentos pesquisadores e professores de diferentes instituições, em um prazo de nove anos. Os estudos estão sendo desenvolvidos nos seis biomas brasileiros para viabilizar soluções com árvores para a proteção, recuperação e o uso sustentável de propriedades rurais nos diferentes biomas.

O Projeto Biomas conta com o apoio do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR), do Serviço Brasileiro de Apoio à Pequena e Média Empresa (SEBRAE), da Monsanto, John Deere e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). 

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