Debater os assuntos relacionados à cultura do café arábica foi o objetivo do Dia de Campo de Cafeicultura realizado pelo Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), em Castelo. Ao todo, 40 produtores participaram do encontro.

O evento aconteceu na propriedade do Sr. Jonas Romão e Sr. Eloísio Arcobeli Cola, em Córrego da Prata, Castelo e foi realizado em parceria com o Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Agricultores e Agricultoras Familiares de Castelo (STRAAF) e Secretaria Municipal de Agricultura (Semag).

O Dia de Campo contou com duas estações, a primeira foi sobre a Poda Programada de Ciclo em Café Arábica - PPCCA (1°, 2° e 3° colheita) e Manejo da Ferrugem, ministrada pelo extensionista, Caio Louzada Martins. “Aqui no município de Castelo temos muita dificuldade de mão de obra na colheita do café e a poda é uma tecnologia que veio suprir boa parte dessa demanda. Ela também agrega em produtividade e melhoria da condução da lavoura. Mostramos na prática como a poda é feita e tiramos as principais dúvidas dos produtores”, explicou Martins.

A segunda estação tratou sobre o Vergamento de Mudas para Condução da PPCCA (2°ano) e Novas Variedades de Café Arábica e foi ministrada pelo extensionista Edimar Celin. “O Dia de Campo é uma oportunidade de o produtor presenciar duas tecnologias que vão aumentar a produtividade, diminuir custo de produção e melhorar a qualidade do café que produz. Essas ferramentas de demonstração de resultados nas unidades de observação são fundamentais para a transferência e troca de conhecimento entre eles”, ressaltou.

Em 2013, o escritório local do Incaper de Castelo realizou um diagnóstico rural para o levantamento das principais demandas. Ao longo desses seis anos foram realizadas várias metodologias coletivas e individuais para o desenvolvimento local. “Aos poucos fomos mostrando aos produtores a importância da diversificação agrícola, o aumento da produtividade e melhoria do café e agroindústrias para o desenvolvimento sustentável da comunidade”, disse Celin.

Para o produtor rural Felipe Romão a poda programada de ciclo é uma alternativa mais sustentável de manejo da lavoura de café arábica. “Iniciamos a poda há três anos com 2.050 pés e ao longo desse tempo vimos o resultado positivo com rendimento de colheita e uma melhor maturação na lavoura. Agora estamos aumentamos para 10 mil plantas”, afirmou o produtor.

O diretor-técnico do Incaper, Nilson Araújo Barbosa, também esteve no Dia de Campo e ressaltou a importância da presença dos técnicos do instituto para o desenvolvimento local. “Agradeço a presença dos produtores rurais, é uma satisfação ver o trabalho que o escritório local do Incaper de Castelo vem fazendo ao longo desses anos. A assistência técnica e extensão rural no município é forte e hoje os agricultores colhem os frutos de um excelente trabalho”, destacou.

Texto: Vanessa Capucho

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