Alunos do 8º ano do Ensino Fundamental, das escolas “Alternativo” de Barcelona e de Jacaraípe, localizadas no munícipio da Serra, estiveram na sede do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) para um momento de diálogo e aprendizado sobre as noções básicas de meteorologia. A atividade foi realizada pela equipe do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), responsável por informar a previsão do tempo para todo o Espírito Santo.
Ao todo, estiveram presentes mais de 70 alunos, que visitaram o Incaper em dias alternados e conheceram diversos assuntos que se relacionam com a meteorologia. Entre os temas abordados estiveram as principais variáveis meteorológicas, como temperatura, vento, pressão atmosférica, umidade relativa e barométrica, as diferenças entre tempo e clima, e os impactos para a sociedade, além de informações a respeito do aquecimento global e das mudanças climáticas.
Os alunos também acompanharam como acontece o processo de elaboração da previsão do tempo e os modelos meteorológicos para previsão do tempo. Puderam conhecer ainda quais são os instrumentos de medição meteorológica utilizados pela equipe do Incaper e as estações meteorológicas automáticas e convencionais.
Uma das professoras da rede das escolas Lorena Castro Altoé ressaltou que o tema “clima e meteorologia” faz parte das diretrizes da base curricular no Ensino Básico das duas unidades. “Os alunos têm curiosidades relacionadas à atmosfera terrestre do nosso Estado e da nossa região. Por isso, eles sempre lançam muitas perguntas. É fundamental que conheçam a linha do tempo sobre o clima e os instrumentos mais antigos até os mais atuais para que compreendam as mudanças climáticas, as tecnologias e as novidades”, explicou a professora.
“Uma das principais curiosidades dos alunos é saber sobre as oscilações do tempo e de que forma elas acontecem”, lembrou Ana Carolina Paiva, que é auxiliar da coordenação de uma das unidades escolares.
Já o meteorologista do Incaper, Ivaniel Fôro Maia, ministrou palestra para os alunos e lembrou que existe um crescente interesse por parte de escolas públicas e privadas no Estado, em reforçar esses temas de forma mais detalhada, especialmente nas aulas de Ciências e Geografia.
“Apesar de termos um público jovem e com acesso às tecnologias que permitem rápido acesso à informação por meio de aplicativos de previsão de tempo e clima, eles não compreendem todo o processo envolvido em sua elaboração. O contato mais próximo dos profissionais da área de meteorologia com os instrumentos de medição que são usados apresentam papel transformador e disruptivo. Isso traz mais robustez ao processo de ensino-aprendizagem e reforça a fixação do conteúdo ministrado no colégio, em sala de aula”, disse Maia.
O meteorologista lembrou o exemplo de uma aluna nascida na Califórnia (EUA), que, com a ajuda da ferramenta Google Translater, capturou o áudio do ambiente e traduziu o conteúdo em formato texto, o que permitiu a compreensão de todas as informações.
O pesquisador e coordenador de Meteorologia do Incaper, Hugo Ely do Anjos Ramos, conduziu demonstração prática do uso de alguns instrumentos no final da palestra. Ele destacou o aspecto prático da atividade, que permitiu aos alunos uma experiência única de vivência em meteorologia, dando a oportunidade de simularem a leitura de instrumentos meteorológicos.
“Isso os auxiliou na formação de conhecimento e na dissolução de dúvidas no ramo das ciências atmosféricas”, destacou Ramos.
Também estiveram presentes nos encontros a pesquisadora e meteorologista do Incaper, Thábata Teixeira Brito de Medeiros, e a bolsista do Projeto de Desenvolvimento de Monitoramento Agrometeorológico do Espírito Santo, da Coordenação de Meteorologia do Incaper, Ângela Beatriz de Oliveira.
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