Cerca de 34 extensionistas do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) do Centro e Extremo Norte, Centro Serrano e Sul Caparaó, participam na terça-feira (12) e quarta-feira (13) de um curso que faz parte do Programa Café Sustentável do Conselho de Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), por meio da P&A Marketing de São Paulo. O objetivo é capacitar os técnicos para operacionalizar a sustentabilidade dentro das propriedades rurais do Espírito Santo.

O curso foi ministrado pelo coordenador nacional do SCP, Pedro Ronca, da P&A Marketing de São Paulo. “O objetivo do curso é ampliar a atuação do técnico da extensão rural voltado para a produção consciente. É importante agregar a sustentabilidade no campo. O mundo inteiro quer saber como nós produzimos café e se seguimos as boas práticas agrícolas. Por isso, o Currículo de Sustentabilidade é fundamental para nortear as ações”, explicou Pedro.

Segundo o pesquisador do Incaper, Lúcio Herzog De Muner, este é o terceiro curso que está sendo realizado com os extensionistas do Incaper em parceria com a P&A Marketing de São Paulo. “Como técnicos, ele tem a missão de multiplicar esse treinamento ao nível de município. Nós temos o compromisso de realizar cursos também no interior. É uma oportunidade única de implementar, de forma operacional, a sustentabilidade nas propriedades familiares capixabas” ressaltou.

Para o chefe do Centro Regional do Extremo Norte do Incaper, Wantuil Luiz Cordeiro, o curso é uma grande oportunidade para levar informações aos agricultores, principalmente nesse momento de crise hídrica. “Hoje a produção sustentável é o norte que devemos seguir. É uma grande chance de capacitar os produtores levando informações, como a gestão da propriedade, questões ambientais para conviver com a cafeicultura e uma produção sustentável de qualidade”.

Sobre o Currículo de Sustentabilidade do Café (CSC)

O currículo de Sustentabilidade do Café (CSC) é um documento de elaboração coletiva construído com a participação dos Serviços de Assistência Técnica e Extensão Rural dos principais estados produtores de café do Brasil, dentre eles o Incaper. Também estão inseridas as entidades de classe, os institutos, as associações e organismos de certificação.

Segundo o coordenador nacional do SCP, Pedro Ronca, da P&A Marketing de São Paulo, o currículo não é e nem pretende ser um sistema de certificação. “Ele é apenas a seleção dos temas centrais e fundamentais para a atuação em sustentabilidade, tanto do produtor como do técnico ou extensionista”, explicou.

Dessa forma, o CSC é uma referência comum para a aplicação da sustentabilidade nas propriedades de café. Ao unificar a linguagem, ele fortalece as ações e acelera o processo de entrada na sustentabilidade, principalmente para os pequenos e médios produtores de café.

Portanto, este currículo foi construído também para ser uma base de preparação das propriedades para acessar, posteriormente, sistemas de verificação ou certificação com reconhecimento internacional e novos mercados, caso seja a vontade do produtor.

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