Em Venda Nova do Imigrante, produtores rurais, técnicos e estudantes puderam participar do 1º Seminário sobre cultivo protegido. O evento tem como realizadores o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) e a Prefeitura Municipal.
De acordo com um levantamento feito pela equipe do escritório local do Incaper em Venda Nova do Imigrante, o município tem cerca de 300 hectares de cultivos protegidos, equivalente a 300 campos de futebol. Nos últimos cinco anos, houve um aumento significativo de 70% nessa área.
A comunidade de São José do Alto Viçosa se destaca na utilização da técnica. Dentre os cultivos protegidos, aproximadamente 60% são de pimentão, 30% de tomate e os outros 10% são divididos entre morango e outras culturas.
O coordenador do escritório local do Incaper, Evaldo de Paula lembrou dos benefícios dos cultivos protegidos, como o aumento da produtividade. Segundo ele, antes, a média de caixas de tomate por mil pés cultivados ao ar livre era de 350. “Com os cultivos protegidos, essa média aumentou para 650 caixas, podendo chegar até 800 caixas em alguns casos”, disse.
Entre os outros benefícios, os cultivos protegidos proporcionam um microclima ideal, possibilitando um melhor controle de fatores como nutrição e temperatura e facilitam o manejo, além de reduzir a necessidade de pulverização, auxiliando no controle de pragas, entre outras vantagens.
Durante o seminário, o engenheiro agrônomo da Tropical Estufas, Gustavo Ikeda, deu mais informações a respeito da instalação de estufas plásticas para cultivo protegido. A programação também contou com a presença da extensionista do Incaper, Cintia Bremenkamp, que deu mais detalhes sobre a nutrição de plantas em cultivo protegido.
“É importante que os produtores rurais busquem cada vez mais conhecimento a respeito do assunto, justamente para que utilizem os nutrientes corretos para cada tipo de planta e o seu desenvolvimento. Vale lembrar que o investimento em manejo das culturas, deve ser tão levado em consideração, quanto um bom manejo, que é diferente em casos de solo em campo aberto”, explicou.
Cintia Bremenkamp lembrou que, além dos macronutrientes utilizados em cultivo protegido, como nitrogênio, fósforo, potássio, magnésio, cálcio e enxofre, entre os micronutrientes, há um destaque para o boro, especialmente para as culturas do tomate, morango e pimentão, uma vez que participa da formação de frutas e flores.
Para finalizar, o pesquisador do Incaper e entomologista, Hélcio Costa, explicou sobre o manejo integrado de doenças em cultivo protegido.
Em um dos pontos fortes da apresentação, o pesquisador lembrou da prevenção das estufas e o planejamento das áreas de plantio. “Para ter estufas, deve-se fazer o estoque de área, porque os fungos e bactérias que acometem as culturas, como o tomate e o pimentão, por exemplo, podem viver até 30 anos trazendo muitas perdas”, lembrou o pesquisador.
O evento contou com os apoiadores: SENAC Fecomércio Sesc, Tropical Estufas, Vitagrícola, Sindicato Rural de Venda Nova do Imigrante, Nater Coop, Plantec insumos, Plantec Sementes, Agrovia.
Texto: Tatiana Toniato Caus
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