11/07/2016 11h34 - Atualizado em 12/07/2016 16h02

Incaper realiza ações para minimizar impactos da crise hídrica

A recepa é uma das técnicas que estão sendo apresentadas aos agricultores após a colheita do café

O Espírito Santo enfrenta a maior crise hídrica da história e o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag) e do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), está realizando diversas ações para minimizar a situação.

Nesse sentido, o Incaper vai realizar reuniões técnicas sobre Renovação e Revigoramento de Café Conilon, uma das culturas mais afetadas com a estiagem. As reuniões acontecem nesta semana, entre os dias 12 e 15, nos municípios de Nova Venécia e Linhares, Norte do Estado. Participarão dessas atividades técnicos do Instituto e da iniciativa privada.

Além de apresentar um panorama sobre os efeitos da seca no café conilon, os treinamentos preveem uma demonstração da operacionalização de técnicas e ações a serem realizadas nas lavouras após a colheita, como podas em diferentes condições e idade, sistema de condução empregado, uso de irrigação, recepa e arranquio.

As reuniões técnicas integram o Programa de Renovação e Revigoramento do Café Conilon, o RenovarES Conilon, que será lançado pelo Incaper no segundo semestre de 2016. O programa estabelece ações de nivelamento e capacitação técnica; estruturação e melhoria da pesquisa e assistência técnica; fomento; e crédito rural a fim de enfrentar o cenário de perdas agrícolas diante da estiagem.

De acordo com o diretor-técnico do Incaper, Mauro Rossoni Junior, essas ações desenvolvidas pelo Instituto visam orientar o produtor rural sobre a tomada de decisões diante desse cenário de estiagem. 

“O Incaper tem orientado tecnicamente os agricultores, sobretudo no que se refere ao café conilon, a como conduzir a lavoura diante da situação de seca. Outras ações vinculadas a programas do Governo do Estado, como a de construção de barragens e o Reflorestar, também fazem parte das medidas para minimizar os impactos da crise hídrica”, disse Mauro.

Impactos da estiagem

Os impactos da estiagem já são considerados os mais graves, com diminuição das vazões dos rios, atingindo níveis críticos em alguns deles e comprometendo o abastecimento em vários municípios. E o mais grave é o comprometimento do abastecimento humano, devido à inexistência de vazões suficientes em muitos locais para captação de água.

Estima-se que os impactos da estiagem no setor agropecuário, principal gerador de emprego e renda para a maioria dos municípios do estado, promoveu quedas de 17,1% na produção agrícola e de 15,6% no rendimento médio, entre 2014 e 2015. Para 2016, estão previstos prejuízos na ordem de R$ 2 bilhões neste setor.

No momento, 20 municípios apresentam sistemas de abastecimento humano em condição extremamente crítica: Serra, Barra de São Francisco, Ecoporanga, Alto Rio Novo, Itaguaçu, Itarana, Mantenópolis, São Mateus, Aracruz, Sooretama, Governador Lindenberg, Pancas, Rio Bananal, Pinheiros, Ibiraçu, Linhares, Águia Branca, São Gabriel da Palha, Vila Valério e Fundão.

Juliana Esteves - juliana.esteves@incaper.es.gov.br
Tatiana Caus – tatiana.souza@incaper.es.gov.br
Vanessa Capucho - vanessa.covosque@incaper.es.gov.br
Texto: Luciana Silvestre Girelli e Vanessa Covosque
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