04/08/2017 11h01 - Atualizado em 04/08/2017 11h04

Pesquisadores do Incaper auxiliam em capacitação para emissão de Certificado Fitossanitário

O pesquisador José Aires Ventura ministrou palestras no curso de CFO.

Aproximadamente 40 engenheiros agrônomos e florestais participaram nesta semana do 13º curso de habilitação de Responsáveis Técnicos (RTs) para emissão de Certificado Fitossanitário, promovido pelo Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (Idaf), em Vitória. Pesquisadores das áreas de Fitopatologia e Entomologia do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) ministraram palestras durante a atividade.

O CFO e o CFOC são documentos emitidos nas propriedades rurais e nos estabelecimentos beneficiadores (ou consolidadores, para os casos de CFOC) para atestar a condição fitossanitária de plantas ou produtos de origem vegetal, de acordo com as normas do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). A emissão desses documentos é restrita aos profissionais habilitados pelos órgãos de defesa, que, no Espírito Santo, é o Idaf.

O Idaf já capacitou mais de 500 profissionais em todo o Estado. A habilitação tem validade de 5 anos. Após esse período, o profissional deve solicitar a renovação com 30 dias de antecedência do vencimento. Caso contrário, deverá realizar nova capacitação.

Conhecimento

Na programação do curso, pesquisadores do Incaper ficaram responsáveis pelos aspectos de fitopatologia (doença das plantas) e entomologia (estudo dos insetos). O entomologista Renan Batista Queiroz falou sobre Ácaro hindu (Schizotetranychus hindustanicus), Ácaro vermelho das palmeiras (Raioella indica), Ácaro (Brevipalpus californicus) e tipos de armadilhas para captura de pragas, acondicionamento e transporte de amostras de pragas.

O entomologista José Salazar Zanúncio Junior abordou a Broca conígera (Sinoxylon conigerum) e o pesquisador Maurício José Fornazier falou sobre Moscas das frutas (Anastrepha fraterculus, Ceratitis capitata e Bactrocera carambolae).

Na área de Fitopatologia, o pesquisador José Aires Ventura ministrou conteúdos relacionados aos seguintes temas: Amostragem e coleta de amostra para diagnóstico fitopatológico, Introdução da etiologia e epidemiologia de doenças de plantas, Sigatoka negra (Mycosphaerella fijiensis), Moko da bananeira (Ralstonia solanacearum raça 2), Banana Streak Vírus - BSV e Cucumber mosaic vírus – CMV, Bacteriose da videira (Xanthomonas campestris pv. viticola) e Cancro europeu (Neonectria galligena). O pesquisador Hélcio Costa abordou Pinta preta dos citros (Guignardia citricarpa), Greening (Candidatus liberibacter) e Cancro cítrico (Xanthomonas citri pv. citri) e os Nematóides das galhas (Meloidogyne spp.) ficou por conta do pesquisador Inorbert de Melo Lima.

A auditora fiscal agropecuária Sandra Helena Martins, da Superintendência Federal de Agricultura no Espírito Santo (SFA-ES), foi uma das palestrantes e falou sobre a evolução da legislação fitossanitária brasileira e sua importância em relação ao comércio nacional e internacional de vegetais.

Os participantes também foram orientados sobre Legislação e Ética Profissional por representantes do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Espírito Santo (Crea-ES). A equipe do Departamento de Defesa Sanitária e Inspeção Vegetal do Idaf abordou temas como Procedimentos para o Trânsito intra e interestadual de vegetais, Sistema de Mitigação de Riscos (pragas Sigatoka Negra e Pinta Preta), entre outros, havendo também participação da Assessoria Jurídica do Instituto para explicar sobre Aspectos Jurídicos Relacionados a Processos Administrativos e apresentar estudos de caso sobre Certificação Fitossanitária. 

Depoimentos

Para Alessi Lemos de Souza, agrônomo formado pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), o curso é essencial para sua atualização profissional. “É importante que a gente reveja as legislações vigentes e se atualize sobre a questão de controle de pragas. Esse tipo de formação fará a diferença para que possamos prestar um serviço com cada vez mais qualidade, minimizando os impactos de uma eventual ocorrência”, disse.

O agrônomo Michel Miranda de carvalho também participa do curso. Ele atua como consultor agrário nos municípios de Vila Valério, Rio Bananal, Nova Venécia e região. “Atualmente, presto consultoria para aproximadamente 30 propriedades. Com a habilitação, será possível ampliar o ramo de atuação”, explicou.

 

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Texto: Luciana Silvestre Girelli, com informações do Idaf

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