Completando um ano de execução, o projeto Cafeicultura Sustentável, realizado pelo Governo do Espírito Santo, impacta positivamente 1.911 propriedades cafeeiras. A iniciativa oferece apoio técnico aos produtores na transição para sistemas produtivos mais sustentáveis, que conciliam desempenho econômico, equilíbrio ambiental e bem-estar social no meio rural.
Os avanços no primeiro ano do projeto foram apresentados nessa terça-feira (22), durante reunião de acompanhamento com representantes da Secretaria da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag) e do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper).
Cada propriedade participante recebe um plano de adequação personalizado, elaborado por técnicos do Incaper com base em uma avaliação criteriosa que utiliza 39 indicadores distribuídos nos eixos ambiental, social e econômico.
Com o objetivo de ampliar o alcance das boas práticas agrícolas, o projeto também promove ações coletivas de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater). Foram realizadas 184 atividades, entre dias de campo, encontros técnicos e cursos, proporcionando troca de experiências e disseminação de conhecimento entre os produtores.
Outro destaque são as 49 Unidades de Referência instaladas em propriedades-modelo, que servem como polos de difusão de tecnologias sustentáveis nas regiões cafeeiras do Estado. Além disso, foram implementadas 26 Unidades Demonstrativas com foco em práticas como manejo de irrigação, processamento de café e terraceamento.
Para viabilizar essas ações, o projeto fornece equipamentos como tensiômetros, que auxiliam no uso eficiente da água, e biodigestores, em parceria com a Plataforma Global de Café, para melhorar o saneamento rural e o aproveitamento de resíduos.
Protagonismo feminino na cafeicultura
Durante a reunião, também foram apresentados os resultados do projeto Mulheres do Café, que conta com 450 cafeicultoras cadastradas. As ações dessa iniciativa promovem a valorização do trabalho feminino no campo, a igualdade de gênero e a agregação de valor à produção cafeeira capixaba.
Mais de 500 atendimentos foram realizados pelo projeto, incluindo cursos, treinamentos e dias de campo voltados ao fortalecimento do protagonismo das mulheres, com destaque para a produção de cafés especiais, segmento no qual muitas produtoras têm se destacado nacional e internacionalmente.
Investimento de R$ 5,7 milhões para transformação da cafeicultura
Com investimento de R$ 5,7 milhões do Governo do Estado, os dois projetos integram o Programa de Desenvolvimento Sustentável da Cafeicultura, coordenado pela Seag. Os recursos são provenientes do programa Inovagro, com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (Fapes).
A meta do Cafeicultura Sustentável é beneficiar oito mil propriedades até 2027, abrangendo todas as regiões produtoras de café arábica e conilon do Estado. Já o Mulheres do Café tem como objetivo alcançar um mil participantes inscritas nesse mesmo período.
“Com esses projetos, colocamos nosso Estado na vanguarda da cafeicultura, no País e no mundo, com ações concretas que geram resultados reais para as famílias do campo”, destacou o subsecretário de Estado de Desenvolvimento Rural, Michel Tesch.
“Estamos no caminho certo, acelerando a transformação da cafeicultura capixaba por meio das boas práticas agrícolas, que vão tornar nosso Estado cada vez mais forte na produção de cafés sustentáveis e especiais”, completou o coordenador de Cafeicultura do Incaper, Fabiano Tristão.
Para a coordenadora do projeto Mulheres do Café, Patrícia da Matta, a iniciativa tem contribuído para promover uma mudança significativa no paradigma do trabalho na cafeicultura. “Mais do que capacitar, o projeto empodera. A mulher está assumindo novos espaços na cadeia produtiva do café, com autonomia e reconhecimento. É uma transformação social, econômica e cultural”, afirmou.
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