25/04/2017 11h13 - Atualizado em 25/04/2017 11h25

Projeto de pesquisa busca melhoria de qualidade da silagem no Norte do Estado

Foto: ELDR Linhares/Incaper
A pesquisa realizada em Linhares, no Norte do Estado, avalia a melhoria de qualidade da silagem a partir de aditivos acessíveis no meio rural.

Um projeto conduzido pelo Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), desde 2015, tem trazido expectativas significativas para o campo. Trata-se de uma pesquisa que é realizada em Linhares, no Norte do Estado, que avalia a melhoria de qualidade da silagem a partir de aditivos acessíveis no meio rural.

O projeto foi aprovado no Edital 14/2014 da Fundação de Amparo à Pesquisa do Espírito Santo (FAPES) - Programa de Iniciação Científica Júnior (Pesquisador do Futuro) e tem como título “Avaliação nutricional do capim elefante cv Napier ensilado com casca de café, coproduto do cacau ou do maracujá”.

Quem coordena o projeto é a pesquisadora do Incaper, Zootecnista e Doutora em nutrição e alimentação animal Mércia Regina Pereira de Figueiredo, lotada no Centro Regional do Incaper (CRDR) Centro Norte em Linhares. O estudo está em andamento desde novembro de 2015, com participação de alunos da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Professor Manoel Abreu, do bairro Bebedouro, incluindo o professor tutor da escola e dois alunos de iniciação científica das faculdades Pitágoras e Faesa.

“O objetivo geral do projeto é despertar nos estudantes dos ensinos fundamental e médio da rede pública de ensino do Estado a vocação científica pela pesquisa por meio da avaliação do valor nutricional e do efeito da inclusão dos aditivos casca de café, coproduto do cacau ou do maracujá na ensilagem do capim elefante da cultivar Napier. Além disso, a pesquisa pretende dar um retorno aos produtores rurais sobre a viabilidade de uso desses coprodutos ou subprodutos agrícolas como aditivos na silagem do capim, com melhorias no processo de fermentação ou na qualidade da silagem produzida”, explicou Mércia Figueiredo.

Os alunos vão à Fazenda de Linhares, uma vez por semana, para realizar atividades de desenvolvimento do projeto, como o plantio do capim, avaliação da produtividade, corte e ensilagem. No início, os alunos participaram de um nivelamento de conhecimentos por meio de um curso de trinta horas, ministrado pela Mércia, junto a colegas pesquisadores e extensionistas.

A silagem foi confeccionada em mini silos experimentais feitos de cano PVC, em que o capim picado foi misturado com os aditivos (casca de café, coproduto do cacau ou do maracujá) nas seguintes proporções: 0, 12, 24 e 36% com base na matéria natural. Após 60 dias os pequenos silos foram abertos e as amostras foram retiradas para realização de análises laboratoriais. Nessa etapa do projeto estão sendo feitas as análises de avaliação nutricional e qualidade das silagens produzidas e em seguida os dados serão analisados e publicados com os resultados obtidos.

A silagem de capim elefante é recomendada para suplementação alimentar animal e com os resultados do projeto pretende-se contribuir com os pequenos produtores rurais familiares, que trabalhem com a pecuária leiteira e que necessitam melhorar o sistema de produção e aumentar a renda.

Em outubro deste ano o projeto será finalizado e será realizado um seminário de avaliação dos experimentos. No Centro Regional do Incaper (CRDR) do Centro Norte, outros pesquisadores já desenvolvem projetos semelhantes no campo.

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Tópicos:
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