O cultivo de flores no Espírito Santo tem se mostrado uma atividade com grande potencial e uma alternativa de geração de renda às famílias que vivem no meio rural. Por isso, em 2017, o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) realizou ações que têm incentivado os atuais produtores a expandirem ainda mais o negócio da floricultura e estimulado novos produtores a pensarem na atividade. Atualmente, o Instituto assiste a mais de 400 agricultores familiares floricultores, com destaque para os municípios de Santa Teresa e Guaçuí.
Segundo informações levantadas pelo extensionista do Incaper Carlos Alberto Sangali de Mattos, dentre os municípios do Estado produtores de flores estão Marechal Floriano, Santa Maria de Jetibá, Iúna, Santa Leopoldina, Baixo Guandu, Laranja da Terra, Anchieta, Fundão, Ibiraçu, Alfredo Chaves, Piúma, Mimoso do Sul, Conceição de Castelo, Vargem Alta, Itarana, Itaguaçu, Cachoeiro de Itapemirim, Nova Venécia e com destaque para Santa Teresa pelo pioneirismo na produção econômica de flores de corte; Linhares na produção de plantas de forração e gramas; Domingos Martins e Venda Nova do Imigrante na produção de orquídeas e Guaçuí na produção de copo de leite.
“O Estado é territorialmente pequeno, mas possui uma geografia privilegiada com uma plasticidade de altitude de 0 a 2.892m (Pico da Bandeira), possuindo 14 microclimas distintos, condições estas que potencializam o Espírito Santo na produção de diversas espécies e variedades de Flores e Plantas, em função da sua necessidade climática, contribuindo na geração de riqueza”, contou Sangali.
O Espírito Santo destaca-se nacionalmente pelo pioneirismo na produção de orquídeas desde 1950, em função de um rico acervo de material genético natural e da organização dos produtores, impulsionado pela etnia. Destaca-se ainda pela exportação de copo-de-leite e junco, principalmente para o Estado de São Paulo. “Ressaltando a magnitude da atividade, sinalizamos uma riqueza circulante superior a R$ 11 milhões e que mais de 80% são evadidos para outros Estados, principalmente para o de São Paulo. Apesar da potencialidade natural do Estado e a alta rentabilidade apresentada pela atividade, o Espírito Santo carece de uma política robusta de incentivos à produção, quebrando paradigmas de tradição e cultura”, disse o extensionista.
O Estado também possui uma área de produção de mais de 600 mil ha, entre flores de corte, vasos, forração, plantas ornamentais e gramas, gerando mais de 10 mil postos de trabalho na cadeia produtiva. A comercialização é efetuada individualmente com distribuição em mais de 250 lojas em todo o Estado, feiras, eventos e Ceasa. Outro ponto relevante é que o Estado possui mais de 30 empresas de projetos de paisagismo, com elevado consumo de flores, plantas, gramas, vindo ao encontro do atendimento aos Planos Diretores Municipais (PDMs).
Segundo Sangali, dentre as espécies mais comercializadas no Estado estão Orquídea, Áster, Azaleia, Begônia, Bromélia, Crisântemo, Fícus, Gérbera, Gypsophila, Gladíolo, Kalanchoe, Lírio, Rosa, Samambaia, Schefflera, Singônio, Tango, Tuia, Violeta, Palmeiras, Plantas de forração, Gramas, Lysianthus, Antúrio, Copo de leite, Avencão, Helicônias e Boca de leão.
A extensionista do escritório local de Guaçuí, Márcia Varela, citou algumas ações em 2017, que tiveram o apoio de parceiros como Sebrae, Senar e Secretarias de Agricultura Municipais, que contribuíram com um expressivo aprendizado e troca de experiências entre os floricultores. De acordo com ela, durante o ano, o enfoque dado a floricultura da região foi especialmente o acompanhamento da Associação de Produtores de Flores e Plantas Ornamentais da Região Sul/Caparaó-ES, a Sulcaflor. A associação abrange uma área de 27 municípios que formam as duas regiões. Atualmente são 25 associados, que cultivam Antúrio, Copo-de-leite, Helicônias, Bastão-do-Imperador, Sorvetão, Folhagens, Sunpatiens, Rosas, Crisântemo, Gipsofila, Palmeiras e outras plantas ornamentais.
Dentre todas as ações também houveram visitas realizadas em sítios que são referências para a floricultura, localizados em Holambra e Mogi Mirim (SP) e Minas Gerais, nos Municípios de Barbacena, Alfredo Vasconcelos e Dona Eusébia. Também foram realizadas visitas para conhecer novos produtos do mercado de flores, em lugares credenciados pelo setor, como a Ceasa em Campinas (SP), onde funciona o maior mercado permanente de flores e plantas Ornamentais da América Latina com comercialização de mudas diversas e o Garden Center Cidade das Flores.
“Nas visitas proveitamos para conhecermos melhor a cultura da rosa, e outras flores que ainda não são produzidas comercialmente na nossa região, os principais entraves na produção, comercialização, demandas de mercado, e principalmente para conferir as técnicas e tecnologias aplicadas na produção e pós-colheita e assim trazer orientações mais precisas aos produtores da nossa região, que estão em busca de produzir com mais qualidade. Além disso, os trabalhos realizados ao longo de 2017 contribuíram para a ampliação da área explorada na produção de flores, incremento de renda, melhorando assim a qualidade de vida dos produtores envolvidos. Além disso, tais ações têm promovido o desenvolvimento da floricultura na região Sul e Caparaó do ES, que anteriormente era pouco expressiva, e agora vem ganhando destaque no mercado e na mídia”, reforçou a extensionista.
Para saber mais informações sobre a produção de flores, tanto em regiões de clima mais ameno quanto em localidades de clima mais quente, basta procurar os Escritórios Locais de Desenvolvimento Rural (ELRD) do Incaper, que irão direcionar as demandas para os técnicos do Instituto especializados no assunto.
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