Biossólido - Notícias

Ações do Projeto

Para atender aos objetivos do projeto algumas ações são desenvolvidas:


SELEÇÃO DAS ÁREAS PARA DISPOSIÇÃO DE RESÍDUOS ORGÂNICOS E DE LODO DE ETE NO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

Para melhor atender os critérios e requisitos estabelecidos na resolução CONAMA 375/2006, a seleção das áreas para aplicação do lodo de ETE no estado do Espírito Santo é realizada  a partir da construção das Unidades de Mapeamento (UM), geradas por meio de um banco de dados espaciais e operadas em ambiente SIG.  O banco de dados  tem como  base cartográfica digital hipsométrica, hidrográfica, rodoviária, política; geológica e de solos, na escala 1:250.000. Os dados utilizados para elaboração das unidades de mapeamento são extraídos de fontes secundárias, tais como: Mapa Exploratório dos Solos do Estado do Espírito Santo, Mapa Geológico do Estado do Espírito Santo e Mapa de Bacias Hidrográficas e Hipsométrico do Estado do Espírito Santo.

 

ELABORAÇÃO DO MAPA DAS ZONAS APTAS PARA DISPOSIÇÃO DE RESÍDUOS ORGÂNICOS E DE LODO DE ETE NO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

São definidas as Unidades de Mapeamento (UM), as quais representam as áreas passíveis de receberem lodo de esgoto para fins agrícolas. O mapeamento é realizado com o uso do SIG que faz os contrastes e, ou, recortes das áreas consideradas aptas para a disposição dos resíduos orgânicos. O processamento dos dados, objetivando a seleção das áreas passíveis de receberem lodo de esgoto para fins agrícolas é realizado após a modelagem com detalhe da área para cada região. A seleção das áreas para aplicação do lodo é feita com base nos resultados gerados no geoprocessamento e locada em campo com apoio de um receptor GPS de navegação. Durante a localização das áreas faz-se a checagem dos critérios estabelecidos no sistema, observando a coerência com as condições encontradas em campo e se há possíveis restrições não identificadas no sistema.

 

LOCALIZAÇÃO E ESTABELECIMENTO DAS UNIDADES DE REFERÊNCIAS PARA ESTUDOS DE VIABILIDADE AGRONÔMICA E AMBIENTAL A PARTIR DA APLICAÇÃO  DE BIOSSÓLIDO EM CULTURAS AGRÍCOLAS E FLORESTAIS

As unidades de referência foram estabelecidas com base em aspectos geográficos, geoquímicos, uso e ocupação, importância socioeconômica e ambiental para o Estado. Para isso foram determinadas  unidades representativas das condições climáticas da região sul do Espírito Santo no município de Cachoeiro do Itapemirim, da região serrana, no município de Domingos Martins, e da região norte do estado, no município de Sooretama.

 

IMPLANTAÇÃO E CONDUÇÃO DAS UNIDADES DE REFERÊNCIA (UNIDADES EXPERIMENTAIS)

As unidades de referência são implantadas com culturas representativas de cada região. Foram utilizadas diferentes doses de biossólido comparando-o com fontes de matéria orgânica tradicionais.

Os experimentos foram instalados em unidades experimentais do INCAPER, localizados na Região Norte, Região Sul e Região Serrana do Estado. Foram aplicados aos cultivos agrícolas diferentes doses de lodo de ETE, comparando-as com esterco de boi ou de galinha e com a adubação química tradicionais. Foram utilizadas as culturas do abacaxi, cana-de-açúcar, goiaba, café arábica, café conilon, banana, eucalipto, seringueira e palmeira real para os estudos de fertilização.

CARACTERIZAÇÃO FÍSICA, QUÍMICA E MICROBIOLÓGICA DOS RESÍDUOS ORGÂNICOS E DO BIOSSÓLIDO

As caracterizações do resíduo orgânico e do lodo de ETE estão sendo realizadas para os parâmetros físico-químicos e microbiológicos antes e após a higienização. O tratamento para a higienização do lodo é realizado com o uso da cal virgem. 

A concentração de patógenos nos resíduos orgânicos e no  lodo está sendo avaliada, para posterior classificação de acordo com resolução CONAMA 375/2006 que estabelece o lodo tipo “A” com base na concentração de coliformes termotolerantes inferior a 103 NMP por g de ST; ovos viáveis de helmintos inferior a 0,25 ovo/g de ST; Salmonella ausência em 10 g de ST e Vírus inferior a 0,25 UFP ou UFF/ g de ST e o lodo tipo “B” com base em coliformes termotolerantes inferior a 106 NMP por g de ST; ovos viáveis de helmintos inferior a 10 ovos/g de ST.

A caracterização química é feita para nitrogênio total, calcio, magnésio, fósforo, carbono orgânico total e pH, além de arsênio, bário, cádmio, chumbo, cobre, cromo, mercúrio, molibdênio, níquel, selênio e zinco. É determinada também a biomassa microbiana.

O monitoramento do uso do biossólido no solo e a disponibilidade dos nutrientes para as culturas é realizado para os diferentes tratamentos.

 

ESTUDO E CARACTERIZAÇÃO FÍSICA, QUÍMICA E MICROBIOLÓGICA DO SOLO 

A amostragem do solo é realizada na profundidade de 0 a 20 cm para coleta de material e análise dos parâmetros físicos e químicos. São analisados os nutrientes N, P, K, Ca, Mg, S, Fe, Zn Cu, Mn , Na e B. A determinação da classificação textural, capacidade de campo, ponto de murcha, teor de argila, matéria orgânica, pH, acidez, capacidade de troca catiônica e soma de bases foram realizados para o solo coletado na profundidade de 0 a 20 cm. As análises do solo são realizadas antes e após o uso de lodo para os aspectos físicos, químicos e microbiológicos.

 

ESTUDO E CARACTERIZAÇÃO FÍSICA, QUÍMICA E MICROBIOLÓGICA DO VEGETAL

O monitoramento das características fenológicas do vegetal são determinados de acordo com a cultura e a fase de desenvolvimento da planta. Para esse parâmetro são avaliados a altura, diâmetro do caule a 10 cm do solo, numero de folhas ou ramos emitidos e outras características de crescimento e desenvolvimento de cada cultura. Características nutricionais são feitas a partir de análises foliares aonde foram avaliados os teores em dag.kg-1 de nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio, magnésio e enxofre e os teores em ppm dos micronutrientes zinco, manganês, ferro, cobre e boro. Os resultados das análises foliares são comparados com um sistema integrado de diagnose e recomendação (DRIS) para correta avaliação. Análise microbiológicas são realizadas por meio das análises para determinação microrganismos patogênicos e análise parasitológica.

 

ESTUDOS DE LIXIVIAÇÃO E SOLUBILIZAÇÃO PARA METAIS PESADOS NO LODO DE ETE

Testes de lixiviação e solubilização de resíduos são realizados em colunas conforme as normas técnicas NBR 10.005 e NBR 10.006, respectivamente. Depois de realizados os testes, o lodo é classificado quanto a sua periculosidade, conforme norma técnica NBR 10.004. Os teores dos elementos nos extratos são determinados por espectrometria de emissão óptica em plasma induzido (ICP OES), ou por espectrofotometria de absorção atômica (EAA), conforme o caso.



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