A cultura de goiabeira começou a ter destaque no Espírito Santo com o lançamento do Polo de Goiaba, com foco na industrialização, no ano de 2003, no município de Pedro Canário e seus limítrofes, o que viabilizou a implantação de pomares comerciais da variedade ‘Paluma’, a mais adequada para a agroindústria. Porém, a constatação, em 2006, da presença do nematóide-das-galhas (Meloidogyne mayaguensis) nas lavouras provocou um comprometimento da sustentabilidade da cultura na região e inibiu a abertura de novas áreas de plantio. Esse nematoide é um dos principais fatores limitantes à produção e à qualidade dos frutos da goiabeira, sendo necessária a adoção de práticas de convivência com a doença. Entretanto, há uma tendência de migração da cultura para outras regiões consideradas livres da doença, podendo-se destacar os municípios de São Roque do Canaã e Afonso Cláudio, com implantação de novas áreas de plantio e obtenção de boa produtividade e alta qualidade de frutos.
A cultura da goiaba ocupa uma área de 346 hectares no Espírito Santo, com uma produção de 6.131 toneladas de frutos. A comercialização é feita para fruto de mesa e para a indústria de processamento de polpa asséptica e concentrada, esta última destinada à agroindústria de sucos prontos para beber, mercado em franca expansão no Brasil e no Espírito Santo. Destina-se também ao processamento artesanal de doces, geleias, polpa congelada, néctar, compotas, sorvetes, entre outros.