Produtores rurais e empreendedores iniciantes no cultivo da oliveira participaram de um encontro sobre olivicultura, em Dores do Rio Preto. A programação contou com um dia de campo no Sítio Celeiro Cerco das Águas, dos produtores Marcos e Janete, na Comunidade Forquilha do Rio, e uma prática de poda no Sítio Conquista, dos produtores Cristiano e Edileuza, na Comunidade Cachoeira Alegre.
O encontro foi organizado pelo Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), por meio da equipe do escritório local de Dores do Rio Preto. O encontro também contou com o apoio da extensionista e engenheira florestal Ranusa Coffler, do escritório local de Santa Teresa, que acompanha a olivicultura no Espírito Santo há alguns anos.
Segundo ela, a oliveira é uma cultura bastante difundida na região serrana capixaba e agora atrai também os olhares de empreendedores e empreendedoras da região do Caparaó Capixaba. “Isso porque essa cultura qual tem características climáticas muito favoráveis ao cultivo, como altitude, temperatura e solos apropriados”, explicou Ranusa Coffle.
O técnico agrícola e extensionista do escritório local do Incaper de Dores do Rio Preto, Antoniel Rodrigues, lembrou que as áreas de cultivo do município estão entre 900 e 1.500 metros de altitude e no total já são quase 10 hectares implantados com oliveira. “É um trabalho que teve início com a implantação da Unidade de Observação de oliveira em 2012 e, posteriormente, em 2018, com o apoio do Incaper e da prefeitura para a aquisição de novas mudas, em parceria com o escritório do Incaper de Santa Teresa”, disse Rodrigues.
No Sítio Celeiro Cerco das Águas, dos produtores Marcos e Janete, os participantes puderam ouvir e conhecer um pouco mais sobre o cultivo da oliveira, os aspectos fisiológicos e também sobre algumas práticas de manejo, além de questões econômicas que envolvem o cenário atual da olivicultura no Estado. Também foram apresentados três olivais implantados em 2022 e realizada uma demonstração da poda de condução das mudas, na Pousada Água Marinha, de João Camargo e Tatiana Tavares, e no Sítio Canto da Curruíra, de Giordano Automare.
A prática de poda, realizada no Sítio Conquista, os participantes dialogaram mais sobre a plantação de oliveiras que já vai completar quatro anos e espera-se, em breve, obter a primeira colheita.
Ranusa Coffler destacou que na maior parte dos plantios, o cultivo, principalmente aqueles na Forquilha do Rio, estão sendo feitos sob princípios agroecológicos aplicados desde a preparação dos berços, com cultivos intercalares, adubação verde e muita biomassa cobrindo o solo.
O engenheiro agrônomo e agroecologista, Luis Cláudio Bona, na ocasião também explanou sobre a implantação dos plantios agroecológicos de oliveira. “Em algumas áreas também está sendo testado o consórcio com cafés, buscando diversificação e aumento de renda, aproveitando o espaço e a mão de obra no local. Estamos otimistas observando o bom desenvolvimento das plantas neste sistema”, completou.
Além da produção de azeite e/ou azeitonas em conserva, os produtores participantes do encontro também buscaram a olivicultura como mais um atrativo turístico para a região, com a possibilidade de abrirem suas propriedades para passeios e piqueniques.
A coordenadora e extensionista do escritório local do Incaper em Dores do Rio Preto, a engenheira agrônoma Priscila Nascimento, ressaltou que é de grande importância para o município que as famílias produtoras busquem a diversificação da produção nas suas propriedades, respeitando o meio ambiente e buscando conhecimento sobre novos cultivos. “Estamos com boas expectativas para a primeira produção e planejando novos momentos para trocas de experiências e capacitação para as famílias produtoras”, completou.
Texto: Tatiana Toniato Caus
Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação do Incaper
Tatiana Toniato Caus / Daniel Borges
(27) 3636-9865/(27) 3636-9866
tatiana.souza@incaper.es.gov.br
daniel.borges@incaper.es.gov.br