Um encontro ambiental foi realizado pelos executores do projeto-piloto Rio Mangaraí, em Santa Leopoldina, na última semana, e reuniu estudantes, população local e representantes públicos do município. A iniciativa faz parte de uma das etapas do projeto, que é coordenado pelo Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper). O evento também foi transmitido ao vivo pelo canal do Incaper no YouTube e já está alcançando 500 visualizações.
O eixo de educação ambiental, mobilização social e empoderamento feminino do projeto-piloto Rio Mangaraí é executado pelo consórcio Synergia TPF, também responsável pela realização do encontro. A programação contou com painéis sobre: situação físico hídrica da bacia do Rio Mangaraí; impacto dos sedimentos para distribuição de água de qualidade; e perspectivas do licenciamento para a Bacia do Mangaraí.
O especialista em conservação de recursos hídricos e consultor da Synergia TPF, Rinaldo de Oliveira Calheiros, ministrou o primeiro painel sobre a situação físico hídrica da bacia, em que foram destacadas práticas conservacionistas para inibir a degradação do solo.
“É uma oportunidade muito importante para apresentar alguns dados sobre os aspectos de erosão da bacia do Mangaraí, que será o piloto em termos de conservação para toda a bacia do rio Santa Maria. Apresentamos uma série de elementos de degradação que estão contribuindo fortemente para que a água tenha mais sedimentos e cause o problema para o abastecimento da Grande Vitória", explicou.
O especialista em conservação de recursos hídricos destacou ainda os elementos que contribuem com a degradação como: ausência de mata de topo de morro e de mata ciliar, falta de terraceamento e cordões de contorno etc. “Essas práticas conservacionistas, além de contribuírem para melhorar a qualidade da água, trazem muita melhoria para a qualidade de vida da população do Mangaraí. Uma vez que você preserva o solo, você preserva a fertilidade do solo, aumenta a produção de água e de diferentes culturas que hoje são desenvolvidas aqui”, completou Calheiros.
O segundo painel foi conduzido pelo analista de Saneamento e Gestão Ambiental da Companhia Espírito-Santense de Saneamento (Cesan), André Sefione. Em seguida, a engenheira agrônoma da Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente da Prefeitura de Santa Leopoldina, Diene Bremenkamp, apresentou o painel sobre as perspectivas do licenciamento para a Bacia do Mangaraí.
Na ocasião do encontro, em 11 de novembro, também foi feita a entrega da licença ambiental para realização das obras de revitalização das estradas que cercam a sub-bacia do Rio Mangaraí. O licenciamento foi concedido pela Prefeitura de Santa Leopoldina e entregue aos executores do projeto.
“A licença ambiental é uma forma de planejamento, de organização para que ações sejam executadas com responsabilidade. A gente espera que esse projeto melhore a água, o solo e as condições de quem vive aqui na região do Mangaraí”, disse Antônio Machado, diretor-presidente do Incaper
Entre os propósitos da realização do encontro estavam a divulgação da situação atual da bacia e identificação das próximas ações que serão feitas para a conscientização dos moradores da região, explicou a coordenadora do projeto-piloto Rio Mangaraí e extensionista do Incaper, Cíntia Bremenkamp.
“Como é um projeto piloto, o que identificarmos aqui na bacia do Mangaraí poderá servir de exemplo para identificação de causas em outras bacias, salvo as devidas proporções e algumas peculiaridades. De modo geral, muitos problemas identificados aqui estão presentes na maioria das bacias do Estado”, disse a extensionista.
Leia mais sobre as ações do projeto-piloto Rio Mangaraí no site do Incaper.
Texto: Andreia Ferreira
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