A seleção das 20 amostras finalistas de café arábica no Prêmio Cafés Especiais do Espírito Santo foi divulgada nesta terça-feira (10). Foram inscritas 210 amostras, que passaram por diversos critérios baseados nas metodologias da Associação Americana de Cafés Especiais (SCAA). Os 20 cafeicultores finalistas são de oito municípios, sendo eles: Marechal Floriano, Castelo, Venda Nova do Imigrante, Afonso Cláudio, Dores do Rio Preto, Muniz Freire, Vargem Alta e Brejetuba.
As amostras de café arábica foram avaliadas no Laboratório Sensorial de Brejetuba por cinco degustadores que representam todas as regiões produtoras de café arábica do Estado. Os aspectos técnicos analisados foram fragrância e aroma, sinalização, sabor, acidez, doçura, corpo, xícara limpa, uniformidade, balanço, equilíbrio e nota global. Cada item avaliado tem pontuação de 0 a 10, sendo 100 a pontuação máxima para cada amostra.
O Prêmio Cafés Especiais do Espírito Santo é uma realização do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) e da Secretaria da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag). O objetivo é reconhecer e premiar a produção de cafés especiais produzidos de forma sustentável no Espírito Santo.
“Esse resultado reforça a tradição que o Espírito Santo tem em produzir cafés de qualidade. Nós temos diversidade de clima e solo que permite vários tipos de aromas e sabores e que poucos lugares no mundo têm. A gente vai poder comprovar isso na premiação”, ressaltou o subsecretário de Estado da Agricultura, Pesca e Desenvolvimento Rural Sustentável, Michel Tesch.
Os cafeicultores participantes concorrem a uma premiação que chega a R$ 130 mil, oferecida com o patrocínio da Syngenta; da Nescafé; do Banco do Estado do Espírito Santo (Banestes); do Sindicato e Organização das Cooperativas Brasileiras do Estado do Espírito Santo (OCB-ES); do Sistema de Cooperativas de Crédito do Brasil (Sicoob-ES) e da empresa Fertilizantes Heringer. O Prêmio também conta com o apoio da Fundação de Desenvolvimento Agropecuário do Espírito Santo (Fundagres) e de várias empresas, instituições e entidades do ramo.
O extensionista do Incaper e membro da organização do Prêmio, Fabiano Tristão, destacou que intuito da premiação é incentivar e valorizar os produtores capixabas que fazem café arábica de qualidade. “É também uma visibilidade frente ao mercado nacional e internacional, queatrai compradores e movimenta o importante mercado de cafés especiais do Espírito Santo”, completou.
As propriedades onde são produzidas as amostras de café arábica, selecionadas no Prêmio, passarão por auditorias técnicas que visam a avaliar as boas práticas agrícolas no cultivo de café especial e os critérios socioambientais estabelecidos pelo Currículo de Sustentabilidade do Incaper.
Sobre a premiação
A premiação será dividida entre os 1º, 2º e 3º colocados, nas categorias de Arábica e Conilon, que receberão também troféus. O Prêmio conta ainda com uma premiação extra para os finalistas da sustentabilidade, conforme consta no regulamento.
A avaliação sensorial do café terá peso de 90% na pontuação final, enquanto a avaliação socioambiental terá peso de 10%, sendo a somatória dos critérios igual a 100 pontos. Serão considerados vencedores os cafés cujas somatórias entre avaliação sensorial e avaliação dos critérios das boas práticas agrícolas obtiverem maior pontuação.
Os 20 lotes finalistas de cada categoria serão inseridos na Mostra Anual de Cafés Especiais do Espírito Santo. O evento de encerramento e premiação dos vencedores será realizado em dezembro, com data a ser definida.
Texto: Andreia Ferreira e Vanessa Capucho
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