25/11/2016 15h14 - Atualizado em 25/11/2016 16h42

Ações de reflorestamento em Iúna promovem conservação do solo e água

A conservação de água e solo deve ser uma prática permanente na propriedade rural. Por isso, o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) têm feito diversas ações de reflorestamento no município de Iúna.

Dando continuidade ao trabalho realizado nos últimos quatro anos no município – agora em parceria com o Viveiro Municipal de Ibitirama – o Incaper fomentou, neste ano, o plantio de mais de 8 mil mudas de espécies nativas para recuperação de Áreas de Preservação Permanente (APP) e topo de morro. O objetivo é aumentar a proteção de áreas de recargas e corpos hídricos e também aumentar a cobertura florestal do município, que gira em torno de 9%.

“As ações de reflorestamento são para proteger áreas de preservação permanente, topo de morro e áreas de risco e têm como principal função aumentar a cobertura florestal com intuito de ampliar a capacidade do solo de reter e infiltrar água, tendo assim condições de abastecer os corpos d'água”, explicou o extensionista do Incaper, Gabriel Graciliano Guzzo Rosa.

Este ano, foram beneficiadas 15 famílias com projetos de reflorestamento. Além disso, há seis famílias que participam do projeto do Sindicato dos Trabalhadores Rurais denominado "Plante Água, colha vida". Espera-se que até o final do ano sejam reflorestados mais de 10 hectares de área com espécies nativas. No transportes das mudas, o Incaper teve apoio da Secretaria Municipal de Agricultura de Iúna.

Segundo Gabriel, além das distribuições de mudas, são realizadas reuniões em comunidades rurais de Iúna onde são apresentados aos agricultores técnicas de adequação ambiental de propriedades rurais e produção sustentável. “Também elaboramos dois projetos importantes: um viveiro de essências nativas na comunidade de São João do Príncipe, gerido pela ONG Henrique Real, que foi apresentado ao Comitê da Bacia do Rio Itapemirim; e um projeto para estruturar a mesma ONG, que realiza um trabalho de combate a incêndios florestais e educação ambiental, cadastrado em edital da fundação Banco do Brasil”, disse Gabriel.

Também foram realizadas, neste ano, palestras em comunidades sobre adequação ambiental de propriedades que contempla não apenas reflorestamento ambiental, mas práticas de conservação do solo, como caixas de contenção, estradas em curva de nível, microterraceamento nas entre linhas do café e sistemas agroflorestais.

Agricultores investem em reflorestamento

O agricultor Sebastião Alves Ribeiro iniciou, há um ano, o processo de reflorestamento em sua propriedade. Ele plantou, aproximadamente, mil mudas. “Tenho duas propriedades próximas à região do Parque do Caparaó. Comecei a reflorestar por iniciativa própria preocupado com a escassez de água. Adquiri mudas e o Incaper me auxiliou nas providências necessárias para o plantio. Tive orientação sobre que tipo de plantas colocar em cada local, adubação, espaçamento. Com certeza, essa ação vai ajudar na conservação da água e melhorar a nascente”, contou Sebastião.

Ele disse que despertou para a gravidade da situação antes que a seca atingisse as nascentes. “Com esse pequeno trabalho de reflorestamento, vejo que vai surtir efeito. Vejo o exemplo dos meus vizinhos, que reflorestam há mais tempo e têm ótimos resultados”, ressaltou o agricultor, que cultiva café e culturas de subsistência, como milho, feijão e frutas.

Já o agricultor Joaquim Vieira de Souza começou as ações de reflorestamento há três anos e plantou 1700 mudas, numa área de 6.100 metros quadrados. “Comecei a reflorestar uma área que precisava recuperar devido a um passivo ambiental. Fui ao Incaper para pedir ajuda para fazer um projeto e os caminhos apareceram. O Instituto me ajudou a articular a compra de mudas e orientou procedimentos de plantação”, relatou orgulhoso.

Ele disse que já é possível perceber as transformações no espaço de sua propriedade. “Percebemos a ampliação da produção de frutas, pois os pássaros espalham as sementes e surgem novas espécies frutíferas. Além disso, aumentou a circulação de animais, como pássaros, lagartos e tatus”.

 

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