A barragem Valter José Matielo, localizada em Pinheiros, recebeu a visita de técnicos do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) e da Agência Estadual de Recurso Hídricos (Agerh), na última quarta-feira (18). A visita teve o objetivo de verificar a viabilidade técnica para a implantação de um projeto de criação de peixes em tanques rede. A avaliação técnica foi solicitada pela Prefeitura de Pinheiros aos órgãos estaduais.
Caso a barragem seja apta para o desenvolvimento da piscicultura, o município poderá investir na produção de peixes, como tilápia e promover a criação de emprego e renda para as famílias que vivem nas imediações da barragem. O Incaper e a Agerh são responsáveis por realizar a avaliação técnica para a elaboração do projeto. A equipe da Prefeitura de Pinheiros também dará prosseguimento à avaliação, com visitas às barragens similares em outras localidades do Estado.
Participaram da visita técnica a extensionista da Gerência de Integração e Acompanhamento de Projetos (Giap) do Incaper, Juliana de Barros Valle; a extensionista da área de Aquicultura e Pesca do Incaper, Gláucia Angélica Praxedes de Souza; o oceanógrafo e bolsista do Projeto Pescamares, Carlos Alberto Bezerra; o gerente da Regulação da Agerh, Eduardo Loyola; o coordenador do Escritório Local de Desenvolvimento Rural (EDLR) do Incaper de Pinheiros, Joessé de Oliveira Júnior; o extensionista do ELDR do município, Antônio Locatelli; e o superintendente do Consórcio Público Vale do Itauninhas, Sinvaldo Côrtes Passos.
“Fomos até a barragem para verificar o entorno e ver quais eram as possibilidades para o município implantar esse projeto. Agora, vamos fazer os cálculos e estudos sobre quantos tanques são possíveis de instalar e quantas toneladas de peixe é possível produzir. Vamos dar assessoria técnica e apresentar outras iniciativas como essa. A Seag se colocou à disposição para auxiliar nesse projeto. Tendo viabilidade técnica, a secretaria também vai ajudar na aquisição de equipamentos e recursos para a criação de peixe nessa barragem”, disse Juliana de Barros Valle, extensionista do Incaper.
De acordo com o gerente de Regulação e Gestão da Agerh, Eduardo Loyola, além dos benefícios sociais e econômicos, o local tem estrutura para a criação de peixes, mas demanda uma avaliação técnica complementar do ponto de vista hidrológico. Empreendimentos de piscicultura precisam de Outorga de Direito de Uso de Recursos Hídricos para a realização da atividade.
“Nós vamos analisar o balanço hídrico no local, para orientar o município na definição de um volume de produção compatível com a capacidade do rio Itauninhas, onde se localiza a barragem, de absorver a influência de uma nova atividade. A água abaixo da barragem também é utilizada para outros fins e nós temos que promover a qualidade do recurso hídrico para todos os usos”, explicou Loyola.
A barragem faz parte do Consórcio Público Vale do Itauninhas, que pode vir a administrar a produção de peixes. Uma das possibilidades é que o peixe produzido seja vendido para a alimentação escolar, por meio do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE).
Texto: Andreia Ferreira
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