Manejo de mato como estratégia de conservação de solo e de água em busca de fertilidade e alta produtividade: esse é o enfoque de aproximadamente quinze dias de campo que irão acontecer de Norte a Sul do Estado, a partir do mês de março, a fim de orientar os produtores rurais a prezar pela sustentabilidade nas lavouras de café.

A iniciativa é fruto de uma parceria entre o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), por meio da coordenação dos Centros Regionais de Desenvolvimento Rural (CRDR’s), e a Nestlé, dona da marca Nescafé.

O objetivo é orientar os produtores rurais a manterem as entrelinhas dos cafezais protegidas com a palhada resultante da roçada do mato. Tal prática é uma maneira de reaproveitar nutrientes do mato que, enquanto seca e se degrada, protege o solo da incidência direta do sol e da chuva. Ao mesmo tempo, à medida que a camada de vegetação vai encorpando, percebe-se que o solo fica úmido por mais tempo, isto é, a evapotranspiração da água do solo ocorre mais lentamente. Em suma, é uma alternativa que evita perdas por erosão superficial no solo e aumenta o teor de matéria orgânica.

“A cobertura morta com os recursos internos das propriedades é uma excelente alternativa para manter a conservação e ampliar a infiltração de água no solo, além de proporcionar a reciclagem de nutrientes naquele ambiente”, contou o extensionista do Incaper Nilson Araújo Barbosa (CRDR).

 “Por muito tempo defendeu-se a ideia de que o café deveria ser mantido limpo, tanto na linha como na entrelinha. Mas, o mato quando bem conduzido pode ser um grande aliado dos cafezais, mesmo tendo sido visto, por muitos anos, como um concorrente às lavouras”, lembrou Pedro Malta Campos, Gerente de Agricultura da Nestlé e responsável pelo Nescafé Plan.

 “Lembrando que, atualmente, no Espírito Santo, mais de 70% dos produtores capixabas são agricultores familiares e mais de 130 mil famílias são produtoras de café, reforço a importância de orientar, cada vez mais, os nossos produtores rurais a buscar uma cafeicultura economicamente viável, socialmente justa e ambientalmente adequada aplicando as boas práticas agrícolas”, afirmou o diretor técnico do Incaper, Mauro Rossoni Junior.

Os dias de campo serão ministrados por extensionistas do Incaper e outros parceiros representantes da Fertilizantes Heringer, da Syngenta e da Nescafé. Serão aproximadamente trinta dias de campo até o final do ano.

O planejamento dos encontros foi motivado pela demanda dos consumidores de café por lavouras cada vez mais sustentáveis.

Confira a programação:

Pinheiros – 24/03/18

Sooretama – 05/04/18

Marilândia – 06/04/18

Boa Esperança – 11/04/18

Jaguaré – 12/04/18

Montanha – 13/04/18

Pedro Canário – 17/04/18

Para mais informações, faça o contato com o escritório local do Incaper de seu município.

Assessoria de Comunicação do Incaper

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Texto: Tatiana Caus

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