27/04/2020 09h08 - Atualizado em 27/04/2020 10h38

Espírito Santo não registra áreas de seca pela primeira vez em um ano

Foto: Divulgação
Chuvas de março melhoraram as condições nos 12 estados acompanhados pelo Monitor de Secas. O Espírito Santo não apresentou o fenômeno pela primeira vez desde abril de 2019.

No mês em que completa um ano de adesão ao Monitor de Secas, coordenado pela Agência Nacional de Águas (ANA), o Espírito Santo pode comemorar. De acordo com os indicadores avaliados pelos validadores do mapa, não há registros de seca em território capixaba. O Estado não apresentou o fenômeno depois de 12 meses de seca leve a grave.

Com base nos indicadores, o mês de março foi marcado por chuvas acima da média no Espírito Santo, contribuindo para a extinção da pequena área de seca fraca que se apresentava no extremo norte capixaba. Com isso, o Estado é o único dos 12 acompanhados pelo Monitor de Secas que não registra o fenômeno em seu território.

A diminuição da intensidade do fenômeno começou a ser observada no início do ano, quando o Estado passou a registrar maiores índices pluviométricos logo após um período de estiagem, experimentada em 2019 especialmente na região noroeste.

A redução da seca no Espírito Santo vem sendo acompanhada pelo Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper). "O Incaper participa do Monitor de Secas de duas formas: a primeira é na coparticipação na elaboração dos mapas, e a segunda é no processo de validação, através das informações meteorológicas", disse Hugo Ramos, coordenador de Meteorologia do Incaper. A Agência Estadual de Recursos Hídricos (Agerh) também é validadora do Monitor de Secas e usa os dados de vazão dos rios e balanço hídrico (oferta e demanda de água) para traçar o mapa a cada mês.

Para o diretor-presidente da Agerh, Fábio Ahnert, a chuva ajuda a abastecer as áreas de recarga hídrica. “Com vazões adequadas, os rios conseguem atender com mais equilíbrio às demandas ambientais, sociais e econômicas de água, por isso saímos do mapa da seca neste período”, avalia.

A melhora nas condições climáticas, no entanto, deve ser encarada com racionalidade, conforme pondera Ahnert. “A chuva dá um alívio, mas, infelizmente, não é garantia de segurança hídrica. É preciso somar o que a natureza nos dá ao uso racional do solo e da água, mesmo quando o recurso é abundante.”

O Monitor de Secas é uma ferramenta que traça um mapa mensal da situação da seca nos estados do Nordeste, em Minas Gerais e no Espírito Santo com base em dados meteorológicos, hidrológicos e agrícolas. Além da Agerh e do Incaper, a Defesa Civil e Companhia Espírito-Santense de Saneamento (Cesan) são validadores do mapa no Estado.

Panorama nacional

Com as chuvas de março, o Monitor de Secas registrou uma redução das áreas com seca no Ceará, Espírito Santo, Maranhão, Minas Gerais, Piauí, Rio Grande do Norte e Tocantins.

Também houve a redução da gravidade das secas que acontecem em Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe e Tocantins. Em março deste ano aconteceram chuvas acima da média no Nordeste, com acumulados superiores a 100mm em relação à média em grande parte dos estados nordestinos. No Espírito Santo, Minas Gerais e Tocantins, as chuvas variaram de normal a um pouco acima da média histórica para o mês.

Por outro lado, em alguns pontos do noroeste e centro do Maranhão, sudeste do Piauí, litoral e Zona da Mata de Pernambuco, além do litoral sul da Bahia foram registradas chuvas abaixo do esperado para o mês. O mesmo aconteceu em março no centro de Tocantins, Triângulo Mineiro e sul de Minas Gerais.

O Monitor de Secas vem sendo utilizado para auxiliar a execução de políticas públicas de combate à seca e pode ser acessado tanto no site monitordesecas.ana.gov.br quanto pelo aplicativo Monitor de Secas, disponível gratuitamente para dispositivos Android e iOS.


Texto: Francine Leite e Raylton Alves (Ascom/ANA)

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