05/04/2023 16h43 - Atualizado em 05/04/2023 17h21

Integração Lavoura-Pecuária-Floresta é tema de curso em Cachoeiro de Itapemirim

Foto: Foto: Incaper
Além de modalidades de ensino à distância, o curso contou com dois dias inteiros de práticas na Fazenda Experimental do Incaper de Bananal do Norte (FEBN), em Cachoeiro de Itapemirim.

No mês de abril, a Fazenda Experimental do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural Bananal do Norte (FEBN), em Cachoeiro de Itapemirim, sediou dois dias de capacitação técnica para pesquisadores e extensionistas sobre os sistemas integrados de produção, ou integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF).

A Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) é uma tecnologia de produção agropecuária com grande potencial de mitigação de emissões de gases de efeito estufa e sequestro de carbono pelo solo e biomassa, além de uma série de benefícios socioambientais e econômicos, por meio de uma maior estabilidade econômica com redução de riscos e incertezas devido à diversificação da produção.

A iniciativa é uma realização da Rede ILPF - uma como ação originada do projeto Caravana ILPF -, que em parceria com o Incaper e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), teve como enfoque desenvolvimento de um curso de capacitação técnica em sistemas de ILPF, a fim de incentivar o uso das estratégias de produção integrada por meio da formação continuada de multiplicadores das tecnologias. O curso também tem como realizadores, Embrapa, Idaf, Seag, Seama, Faes e Senar, que contou com a participação de técnicos de diferentes instituições.

A programação contou com aulas teóricas em formato de ensino Ensino a Distância (EaD) e nesse segundo momento, os participantes puderam conhecer, na prática, as diferentes modalidades em que se aplicam o Sistema ILPF, tais como Integração Lavoura-Pecuária (ILP); Integração Lavoura-Floresta (ILF); Integração Pecuária-Floresta (IPF).  

Para o coordenador da fazenda experimental do Incaper, Renan Fonseca, tal tecnologia ainda é pouco difundida no Estado do Espírito Santo. “Portanto, a nossa proposta foi implantar sistemas em unidades demonstrativas tentando caracterizar o sul do Estado, onde grande parte da região é formada por áreas de morro, com pequenas áreas de várzea, onde intensificam a produção de leite”, contou.

 “A iniciativa é importante para divulgar tal tecnologia, integrar as instituições e capacitar os técnicos de formações agrárias a fim de facilitar a multiplicação da ILPF no Estado, como alternativa de diversificação e renda, bem como produção sustentável”, completou o coordenador técnico de produção animal do Incaper, Bernardo Lima.

Segundo o Gerente Técnico da Rede ILPF, Felipe Martini, a rede tem como objetivo de acelerar uma ampla adoção das tecnologias de integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) por produtores rurais como parte de um esforço visando a intensificação sustentável da agricultura brasileira. “Para nós é uma satisfação ver a materialização desse projeto acontecendo no Espírito Santo, que é um Estado que tem enorme potencial em diferentes sistemas de ILPF que podem ser adaptados para produtores de pequeno, médio e grande porte”, disse.

O gerente de Licenciamento e Controle Florestal do Idaf, Fabricio Zanzarini, lembrou que tal iniciativa de fomento à integração lavoura-pecuária-floresta é parte importante das ações do Instituto. “Estaremos sempre juntos, especialmente no que diz respeito à parte florestal, para que o Estado possa produzir madeira, cada vez mais, de forma sustentável e dentro da Lei”, afirmou.

Felipe Martini lembrou que a Rede ILPF enxerga tal integração como uma das principais tecnologias contempladas no Plano ABC+, voltado para a mitigação e adaptação às mudanças climáticas do Governo Brasileiro. “A gente sabe que o Espírito Santo está engajado em cumprir a meta de dez mil hectares de ILPF até 2030 e no Brasil, sabemos que essa meta é ainda maior. Diante disso, precisamos continuar a somar esforços e agentes multiplicadores que vão assistir aos produtores rurais que, de fato, colocam em prática essas tecnologias no campo”, acrescentou.

A Associação Rede ILPF é formada e co-financiada pelas empresas Bradesco, Cocamar, John Deere, Soesp, Suzano, Syngenta e pela Embrapa. O evento também contou com o apoio e a participação de técnicos da empresa Suzano, uma das associadas da Rede ILPF, e que atua no Estado.

Para o coordenador de Produção Animal da Subsecretaria de Desenvolvimento Rural da Seag, Filipe Barbosa Martins, essa ação vem para reforçar a importância da sustentabilidade na agropecuária.  “A troca de experiências e o conhecimento das tecnologias de agricultura sustentáveis são o futuro que esperamos para o desenvolvimento do setor no Espírito Santo”.

 

Informações à Imprensa:

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