Devido à alta demanda do mercado consumidor por peixes marinhos, o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) está realizando um projeto de pesquisa que visa desenvolver rações balanceadas para os peixes vermelho e tainha.
O projeto, coordenado pelo extensionista Rafael Azevedo, recebe financiamento do Edital Fapes/Seag nº 06/2015, uma parceria inédita de órgãos do Governo do Estado com o setor acadêmico e produtores capixabas. “O objetivo desse projeto é desenvolver rações, baseadas nas exigências de proteína e energia digestíveis, e determinar a frequência alimentar e a densidade de estocagem para os peixes vermelho e a tainha”, falou Rafael.
Os experimentos serão conduzidos no Laboratório de Cultivo de Organismos Marinhos (LabCOM), na Base Oceanográfica da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), em Aracruz-ES, durante três anos. “Serão executados seis experimentos, três para cada espécie de peixe. Além disso, serão passadas orientações a alunos dos Ensinos Médio e Técnico e de graduação, com demonstrações de métodos sobre a utilização das rações”, explicou Rafael, que também disse que o projeto prevê a realização do primeiro Workshop sobre a cadeia da piscicultura marinha no Espírito Santo.
Importância do projeto
Segundo Rafael Azevedo, a maior parte do fornecimento de peixes marinhos é por meio da captura. Sendo assim, o desenvolvimento de tecnologia de cultivo dessas espécies poderá diversificar as espécies de peixes provenientes de cultivo, promovendo diversificação do setor aquícola.
“O projeto poderá contribuir para a abertura de novos mercados e possibilidades de comercialização por meio de programas governamentais, como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) para associações de aquicultores e pescadores artesanais”, destacou Rafael.
Ele também disse que os estudos propostos neste projeto têm potencial para melhorar a qualidade de vida de pequenos produtores, uma vez que colaboram para melhoria ambiental em que eles estão inseridos, com menores descargas de nutrientes, fazendo com que o produtor se sinta parte da exploração e conservação do ambiente local. “Há também possibilidade de aumento de produtividade para médios e grandes produtores e maior geração de renda e emprego na região”, conclui Rafael.
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