22/11/2018 10h42 - Atualizado em 22/11/2018 10h43

Pesquisas sobre a cultura do mamão são desenvolvidas no Espírito Santo

Foto: Arquivo / Incaper
As pesquisas coordenadas pelo Incaper atendem Às necessidades dos produtores de mamão do Espírito Santo.

O Espírito Santo é um dos maiores produtores de mamão do Brasil. O Estado também ostenta o título de maior exportador nacional do fruto. E os trabalhos relacionados à pesquisa científica para promover soluções aos produtores capixabas são coordenados pelo Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper).

A Rede Fruticultura Mamão, que faz parte do Edital PPE Agro Fapes/Seag 06/2015, coordenada pelo pesquisador do Incaper Renan Batista Queiroz, reúne pesquisas científicas desenvolvidas por diversas instituições. Os assuntos estudados foram definidos com base em um diálogo com a Associação Brasileira de Produtores e Exportadores de Papaya (Brapex), que apresentou as demandas dos produtores para que os pesquisadores desenvolvessem seus projetos.

Ao todo seis projetos estão sendo desenvolvidos, sendo quatro deles coordenados por pesquisadores do Incaper. Os temas estudados pelos pesquisadores do Instituto estão voltados para o manejo e controle (químico e biológico) de pragas e doenças do mamoeiro e a seleção e qualidade dos frutos. Veja:

  • Identificação e manejo de insetos vetores do vírus da meleira do mamoeiro - Renan Batista Queiroz;
  • Avaliação do segundo ciclo de seleção recorrente do mamoeiro ‘RUBI INCAPER 511’ para melhor qualidade de frutos - Fabíola Lacerda de Souza Barros;
  • Controle químico das doenças fúngicas do mamoeiro na pré-colheita com reflexos na pós-colheita e avaliação in vitro da resistência do Colletotrichum gloeosporioides aos fungicidas utilizados em campo - Karin Tesch Kuhlcamp;
  • Controle biológico aplicado do ácaro rajado do mamoeiro Tetranychus urticae (Acari: Tetranychidae) pelo ácaro predador Neoseiulus idaeus (Acari: Phytoseiidae) - Cesar José Fanton.

A Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) também participa da Rede, com trabalhos relacionados à fitossanidade (Desenvolvimento e avaliação do efeito de novos triazóis a partir do eugenol como método alternativo de controle fitossanitário - Adilson Vidal Costa) e ao desenvolvimento de um mamoeiro resistente à meleira (Metodologia para a detecção da meleira do mamoeiro e desenvolvimento biotecnológico de um mamoeiro com expressão gênica modificada resistente à doença - Patricia Machado Bueno Fernandes). A Universidade Federal de Viçosa (UFV) é outra instituição envolvida nos estudos.

A fim de apresentar os resultados, o andamento e as dificuldades de cada projeto, a Rede Fruticultura Mamão realizou uma reunião no Laboratório de Biotecnologia da Ufes- Campus Maruípe. O encontro contou com a participação de vários pesquisadores envolvidos nos projetos.

“Nosso objetivo foi justamente apresentar o andamento dos projetos de acordo com os objetivos e metas que haviam sido traçados, além de promover uma integração entre as instituições e os pesquisadores. Além da apresentação dos resultados, a reunião foi importante para estreitar as relações entre os pesquisadores da Rede Fruticultura Mamão, que puderam ver de perto as estruturas e equipamentos do laboratório de Biotecnologia, visando futuras parcerias. Tudo isso vai ao encontro da proposta de formação de rede do Edital, que visa a aproximação dos pesquisadores, bem como a integração dos projetos que compõem a rede”, disse Queiroz.

 

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