O Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) foi convidado para participar do “Encontro sobre Segurança Alimentar e uso de Agrotóxicos”, que aconteceu no auditório da Procuradoria-Geral de Justiça, em Vitória. O objetivo foi promover o intercâmbio de informações e estimular o debate sobre efeitos de resíduos de agrotóxicos e de outros contaminantes na saúde dos consumidores, visando desenvolver estratégias de atuação conjunta entre entes públicos e privados para rastrear e fiscalizar produtos agrícolas de origem vegetal, produzidos no Espírito Santo.
Durante o evento foram debatidos temas como o combate aos impactos dos agrotóxicos: avanços e retrocessos; atuação em rede para proteção da sanidade alimentar; agrotóxicos na ótica do Sistema Único de Saúde.
A palestra sobre rastreabilidade capixaba de frutas e verduras frescas foi ministrada pelo diretor-técnico do Incaper, Mauro Rossoni Junior. “A rastreabilidade indica todo o caminho do alimento, desde o cultivo, passando pelas técnicas adotadas na lavoura, colheita, até chegar ao consumidor. Frutas, legumes e verduras produzidos no Espírito Santo devem ser identificados e receber um código para cadastro em sistema computadorizado. Com isso, origem de cada alimento poderá ser observada de qualquer lugar do mundo”, ressaltou Mauro.
Sobre rastreabilidade e rotulagem
O programa deve ser implementado pelo Governo do Estado, em parceria com a Secretaria de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag), Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (Idaf), Centrais de Abastecimento do Espírito Santo (Ceasa/ES) e a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa).
A rastreabilidade é o conjunto de procedimentos que permite detectar a origem e acompanhar a movimentação de um produto ao longo da cadeia produtiva, mediante elementos informativos e documentais registrados.
Uma das principais diretrizes é estabelecer as informações mínimas necessárias para identificar o produtor primário em caso de inconformidades apresentadas nos produtos analisados pelos Programas de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos (PARAs) nacional e estadual.
Um dos objetivos do programa é estruturar um método eficiente de monitoramento de resíduos de agrotóxicos nos produtos hortícolas produzidos e/ou comercializados no Estado; criar banco de dados unificado de produtores e produtos; gerar códigos de rastreabilidade e rótulos; disponibilizar informações sobre a origem dos produtos para os participantes da cadeia produtiva (produtores, atacadistas, distribuidores, supermercados, outros); gerar transparência e oportunidade de aproximação entre a base produtiva e consumidores finais, entre outros.
“Temos que mostrar que podemos controlar a nossa produção agrícola e não deixar que casos extremos estraguem a imagem de nossos produtores rurais. E podemos fazer isso com um pouco de organização de todos envolvidos no setor”, salientou Mauro Rossoni Junior.
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