Os melhores cafés especiais capixabas foram eleitos pelo Prêmio Cafés Especiais do Espírito Santo, nesta quarta-feira (02). A solenidade aconteceu no Centro Cultural e Turístico de Venda Nova do Imigrante, com transmissão pelo canal do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), no YouTube. Com público restrito e cumprimento dos protocolos de prevenção ao novo Coronavírus (Covid-19), a premiação teve a participação do governador do Estado, Renato Casagrande.
A premiação de R$ 110 mil foi destinada aos 1º, 2º e 3º lugares das categorias Conilon e Arábica. A premiação também contemplou o quesito sustentabilidade na produção de cafés especiais com o total de R$ 20 mil divididos entre cafeicultores que conquistaram os 1º, 2º e 3º lugares em ambas categorias.
Na categoria Conilon, os vencedores foram respectivamente Luiz Claudio de Souza, de Muqui, com nota 86.4; Aurio Barbosa Quadra, de Alegre, com nota 84.83; e Antônio Cesar Landi, de Jerônimo Monteiro, com nota 83.5. Os campeões da categoria Arábia foram respetivamente Wiliam Dalvi Sartori, de Castelo, com nota 87.96; José Antônio Debona Romão, de Castelo, com nota 87.86; Valdeir Mauro se Paula, de Brejetuba, com nota 87.84.
Os cafeicultores que apresentaram práticas sustentáveis na produção de cafés especiais também foram premiados em 1º, 2º e 3º lugares na categoria Sustentabilidade. Venceram respectivamente na categoria Conilon os cafeicultores Luiz Claudio de Souza, de Muqui; Aurio Barbosa Quadra, de Alegre; e Leandro Barbosa Quadro, também de Alegre. Os vencedores em sustentabilidade de Arábica foram Elzio Sartori, de Castelo; José Alexandre de Abreu Lacerda, de Dores do Rio Preto; e Estevão Denizar de Abreu, de Marechal Floriano.
O Prêmio Cafés Especiais do Espírito Santo é o primeiro concurso promovido pelo Governo do Estado que contempla as categorias de cafés arábica e conilon, além do reconhecimento pelas práticas sustentáveis na produção. A iniciativa tem como objetivo reconhecer e premiar os melhores cafés especiais no Espírito Santo e incentivar a produção de cafés de qualidade.
Em sua fala, o governador Renato Casagrande lembrou que os cafeicultores capixabas estão obtendo excelentes resultados em concursos nacionais e até internacionais de qualidade. “Isso mostra o profissionalismo dos produtores capixabas e que em toda a cadeia produtiva temos especialistas altamente capacitados. Desde a produção até a degustação, temos os melhores extencionistas e pesquisadores do mundo em nosso Estado. Temos um conjunto que é de referência”, disse.
Casagrande prosseguiu: “Em qualquer cafeteria do Brasil, os baristas conhecem os cafés capixabas. Nos últimos anos demos um salto de qualidade e isso incorpora renda, gera emprego, qualidade de vida para o produtor e oportunidades a quem trabalha nessa área. Até pouco tempo atrás, eu, que sou filho de agricultor e posso afirmar, o jovem saía do campo. Hoje em dia, as pessoas têm orgulho em trabalhar na agricultura. Os filhos que tinham desaparecido do campo estão voltando, pois sabem que têm tecnologia, têm mais reconhecimento e quem trabalha com qualidade tem retorno financeiro.”
O diretor-presidente do Incaper, Antônio Machado, destacou o crescimento da cafeicultura capixaba na produção de cafés especiais. O consumo geral de café cresce cerca de 1,5% ao ano enquanto o consumo de cafés de especiais cresce cerca de 15%. “Temos o principal: os nossos produtores que fazem a diferença no Estado e em nível mundial. A parte técnica entregue aos produtores pelo Incaper muito nos orgulha. Toda essa gama de cafeicultores finalistas já são campeões. No próximo ano estamos juntos novamente”, afirmou.
A cafeicultura é a principal atividade do agronegócio capixaba com 130 mil famílias envolvidas, de acordo com o secretário de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca, Paulo Foletto.
“Sem dúvida, o prêmio valoriza não só a qualidade dos cafés produzidos no Estado, mas também a importância que o produtor rural tem nesse processo. Recentemente, fomos campeões na Semana Internacional do Café, conquistando o primeiro lugar como melhor café do Brasil na categoria Arábica e o segundo no Conilon. Isso mostra o quanto o Espírito Santo é uma potência na produção de cafés especiais, principalmente, em um ano conturbado pela pandemia do novo Coronavírus. Não podemos deixar de agradecer aos nossos parceiros que não mediram esforços para a realização desse evento”, pontuou Foletto.
A premiação é oferecida com o patrocínio da Syngenta, da Nescafé, do Banco do Estado do Espírito Santo (Banestes), do Sindicato e Organização das Cooperativas Brasileiras do Espírito Santo (OCB-ES), do Sistema de Cooperativas de Crédito do Brasil (Sicoob-ES) e da empresa Fertilizantes Heringer. O Prêmio também conta com o apoio da Fundação de Desenvolvimento Agropecuário do Espírito Santo (Fundagres), do Centro do Comércio de Café de Vitória (CCCV), além de outras empresas, instituições e entidades do ramo.
Mostra de café de qualidade
As 20 amostras finalistas de conilon e arábica, que totalizam 40 diferentes cafés, foram inseridas na Mostra Anual de Cafés Especiais do Espírito Santo, que acontece no mesmo dia da premiação. O objetivo é promover uma rodada de negócios entre cafeicultores e compradores.
“Satisfação muito grande com a realização de um prêmio inovador, com um conceito de geração de valor para além dos primeiros colocados, por meio da mostra anual e da rodada de negócios. Importante destacar que, com esse prêmio, o Espírito Santo se coloca com um dos poucos no País a premiar arábica e conilon”, acrescentou o subsecretário de Estado de Aquicultura, Pesca e Desenvolvimento Rural Sustentável, Michel Tesch Simon.
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